Atire a primeira pedra quem já não chorou assistindo o fmile “Para sempre a seu lado” com o ator Richard Gere que era dono do cão Hachiko, em Tóquio, Japão. Ele acha o filhote, tornam-se inseparáveis até que o dono morre. Por mais de dez anos o cahorro vai à estação do trem esperar o amigo que jamais voltaria. A antítese desta história acontece em Campo Grande onde uma cadela sofre de tristeza, não pela morte do dono, mas pelo abandono. Ela espera pela volta daquele que a descartou há uma semana, no Jardim das Palmeiras, próximo ao bairro Moreninhas. A cena é muito triste e mostra o traço de caráter do ser humano, capaz de abandonar o pet que o ama incondicionalmente.

Cristiane (31) anos, disse ao Campo Grande News que o pai estava saindo para trabalhar quando avistou o dono deixando o animal na rua sem asfalto. “Ele viu o carro parando e abandonado ela, aí meu pai ainda foi atrás e o cara falou que não era obrigado a ficar com a cachorra e arrancou com o carro. Agora o bichinho fica na rua, parece que tá esperando o dono. Ela fica o dia todo no mesmo lugar”.
A mulher conta que ela e os vizinhos estão dando água e comida para a cachorra. Na semana passada, Cristiane achou que o animal seria levado por alguém, por estar brincando com algumas crianças do bairro, mas até o momento ninguém a adotou.
“Por mim eu pegaria mas tenho uma pitbull. Ela parece dócil, mas não dá. A cachorra vem chega na metade do caminho e volta pro mesmo lugar, tipo esperando o dono. E outra se outro cachorro vir ela sai correndo. Ela anda tudo mais volta. Todo mundo que passa ela levanta tipo achando que e o dono aí ela ver que não é volta e deita de novo”, finalizou.
SEMPRE A SEU LADO
O filme que trata da história da amizade entre o homem e o cachorro é baseado em fatos reais. É um filme para quem não tem vergonha de chorar, porque meu amigo, machão ou não, é fato, você vai se debulhar em lágrimas. Voltando para o longa, a história (verdadeira) de Hachiko e seu dono se deu em Tóquio, Japão. E “Sempre ao seu lado” é uma readaptação americana, que por sinal, com o ator Richard Gere no papel do dono de Hachiko é um incentivo a mais para assistir.
Parker é um professor universitário que há alguns anos perdeu seu filho, ainda criança, e com esse trauma também perdeu um pouco da alegria de viver. Hachiko, por sua vez, é um cachorro da raça Akita, uma das mais populares do Japão, que no filme não se sabe direito sua origem, mas chegou como uma encomenda na estação de trem em Nova Iorque, mas jamais chegou ao seu destinatário. Perdido, o Akita, ainda filhote, encontrou Parker, que contra a vontade de sua esposa, levou para sua casa.
Após o filhote crescer, começou a escapar da residência e seguir seu dono até a estação de trem, onde “se despedia” e ao retornar, adivinhem quem aguardava Paker? Hachiko, é claro.
É, o leal amigo estava lá para recebê-lo todos os dias, até que um dia Parker vai até a universidade e não retorna mais. Nesse momento, morre o cachorro e nasce a lenda da lealdade e amizade entre o Akita e seu dono. E como Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa) explica no filme, “você não escolheu Hachiko, ele escolheu você”. Vale a pena assistir, é uma história que realmente emociona e nos faz refletir sobre a amizade que possuímos na vida, fazendo nos perguntar: “Quem é o nosso Hachiko?”.
A direção do sueco Lasse Hällstrom (Regras da Vida, Chocolate, O Vigarista do Ano) carrega no drama, incorporando elementos tipicamente ocidentais que certamente não estiveram na versão japonesa do filme, Hachiko Monogatari, sucesso de 1987. É o caso da brincadeira de pegar a bolinha, que Ken explica ser algo completamente sem sentido para Hachi. “Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito”, explica Ken em um prenúncio para uma das cenas mais emocionantes do filme. (redação e campograndenews.com.br)