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A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo no pesqueiro Touro Morto, em Aquidauana (MS), atacou a equipe que tentava resgatar o corpo. O felino chegou a ferir um dos voluntários que ajudava na busca e a Polícia Militar Ambiental precisou intervir com disparos de arma de fogo para conter o animal. A área é cercada por água e tem várias onças que disputam o território. Uma das possibilidades para o ataque mortal é a falta de alimentos para os felinos. Segundo fontes, neste caso, será necessário o remanejamento dos animais para uma área mais ampla.
No dia seguinte ao ataque uma onça adulta foi encontrada boiando num rio na região de Corumbá. Este incidente com a morte do caseiro pode desencadear reações mais ostensivas de pescadores e moradores desta região contra os felinos. Segundo especialistas estes ataques são raros, mas houve uma “quebra de confiança” entre homem x onça. São comuns vídeos de felinos próximos a pescadores na busca de peixes. Dificilmente esta aproximação será permitida doravante.
Os restos mortais de Jorge foram inicialmente localizados por seu cunhado, um irmão dele e um sargento da PMA, a 200 metros do local do ataque. Após encontrarem os membros, eles deixaram a área e voltaram com reforço.
Ao retornarem, avistaram a onça tentando esconder os restos do caseiro, após arrastar o corpo por mais 50 metros. O felino então foi cercado e reagiu para impedir que os membros fossem recuperados. “A onça atacou a gente”, relata um dos agentes que atuaram no resgate.
Ao avançar contra a equipe, o animal chegou a ferir o punho de um voluntário, identificado como Paulo. “Quase que mata ele. Ele se jogou para trás, ela ainda deu um tapa e rasgou ele”, narra uma testemunha.
Por conta disso, a PMA efetuou disparos de arma de fogo na tentativa de afastar a onça do local. Diante da ação, o animal sumiu na mata sem que a polícia conseguisse constatar se um dos tiros atingiu seu corpo. Confira vídeo do resgate:
