Chapadão do Sul/MS

NOTA DE PESAR – Geraldo Marks (80) – Chapadão do Sul

       Faleceu na tarde de hoje o pioneiro  Geraldo Marks. Será sepultado às 10 horas desta sexta-feira no Cemitério Municipal de Chapadão do Sul. Era casado com Helga Marks, a eterna companheira com a qual teve três filhos Nelson,  Nilson (In memorian) e Edson. Deixa quatro netos e muitos amigos e parentes de Chapadão do Sul e da Comunidade da Pedra Branca. Os atos fúnebres terão início às horas desta sexta-feira.

MAIS DE 50 ANOS DE COMPANHEIRISMO 

         Em julho deste ano o casal Helga e Geraldo Marks comemoraram as “Bodas de Ouro” com a benção do pastor Isaías Steinmetz da IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil) de Chapadão do Sul. Foi um amor incondicional de cinco décadas de convivência e realizações. Os dois sempre foram muito unidos na alegria e na tristeza, em todos os momentos  desta longa história. O casal imigrou para Chapadão do Sul e participou como protagonista da história agrícola do município.  

Helga a Geraldo são filhos de refugiados alemães que abandonaram suas respectivas pátrias, deixando para trás tudo que conquistaram ao longo da vida para recomeçar do zero em terras de idiomas e costumes completamente diferentes.   Os pais e avós fugiram do regime de Stalin na fria Sibéria (Rússia) e vieram num grupo de 300 famílias num navio em direção ao Rio Grande do Sul. Chegaram antes da segunda guerra mundial de 1945, quando o exército nazista de Adolf Hitler aterrorizou o mundo e – principalmente – a Europa.   

Rumaram para Riqueza em Santa Catarina na condição de pioneiros que ajudaram a desenvolver o município. Helga e Geraldo Marks foram produtores rurais na comunidade da Pedra Branca onde criaram os três filhos. É participante ativa da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil na cidade. Membra muito querida na cidade e conhecida pela liderança e “coração gigante”.

Não perdeu o hábito de mexer com a terra e ainda cultiva flores como as orquídeas, suas preferidas e uma horta nos fundos  da casa. Tem um toque “especial” e tudo que planta dá frutos. Sempre que fala na saga dos pais se emociona porque eles passaram por muitas privações até a chegada no Brasil.

Os pais de Helga Marks (Raimund e Elza) eram crianças quando chegaram no Brasil, mas ela cresceu ouvindo as histórias e das dificuldades na gelada Sibéria onde o solo se transforma em gelo por seis meses do ano, pessoas que morreram na viagem descartadas no oceano e outros problemas típicos de refugiados de países cujos mandatários optaram pela guerra ou subjugar o próprio povo como no caso do ditador Stalin na Rússia.

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