Por Cesar Rodrigues / Jornalista
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Quase todos os profissionais da velha guarda da imprensa tem alguma lembrança do histórico jornalista Antônio João Hugo Rodrigues. Empresário, político e o homem que – por décadas – esteve à frente do jornal Correio do Estado, veículo tradicional e refência em MS. Sua morte é marcante por se tratar de uma figura ímpar no jornalismo sul-mato-grossense. Meu primeiro contato com ele se deu no Jornal Diário da Serra, na década de 90. Dava os primeiros passos como repórter desconhecido em Campo Grande. Seu principal contato era o editor-chefe, Oscar Ramos Gaspar. Nunca troquei uma palavra sequer com o “poderoso homem da comunicação” naquele momento.
O tempo passou, entre idas e vindas à Capital chegou a Folha do Povo, uma concorrência de peso. Jornal moderno, diagramação arrojada, equipe de primeira linha, formada por excelentes jornalistas de várias editorias. Enquantou esteve circulando foi o melhor jornal já produzido em MS. Fui editor de Polícia antes de ser transferido para a surcusal de Dourados com a missão de resolver problemas na condução editorial que não acompanhava as editorias da Capital. A estada de 30 dias foi prolongada por uns três anos.
Foi neste momento que AJ (João Hugo Rodrigues) prestou mais atenção atenção em meu trabalho. Me tornei Executivo da Folha do Povo em Dourados com autonomia em todas as cidades do Cone Sul. Após a reformulação do quadro funcional (jornalismo, administrativo e comercial) a equipe montada superou todas as expectativas. Ganhei a responsabilidade de ter duas páginas diárias daquela região com excelente conteúdo editorial e comercial que chamaram a atenção de AJ. Tinha como fundamentais parceiros os jornalistas Jose Henrique Marques, Luci Lorenzini, Hélio Freitas, os fotógrafos Jeová Coelho e Ademir Almeida e no comercial e distribuição Eduardo Palomita e Rinaldo (in memorian) Naquele momento a Folha do Povo, na minha opinião, competia com o Correio do Estado também comercialmente.
Quando ia para o Sul de MS AJ me chamava, sinalizando uma contratação que nunca aconteceu. Queria oxigenar seu jornal no Cone Sul com uma dinâmica parecida com a qual a Folha do Povo fazia muito sucesso. Ele tinha como característica trabalhar com bons profissionais em sua empresa. Quando algum jornalista se destacava ele logo fazia contato ou mandava alguém chamar para conversar. A relação pessoal foi curta, mas o suficiente para compreender porque ele era respeitado neste meio.
VEJA reportagem especial do Correio do Estado sobre AJ
https://correiodoestado.com.br/cidades/figuras-de-ms-repercutem-a-morte-de-antonio-joao/420300/