O narcotráfico em Mato Grosso do Sul tem longos braços e envolve traficantes que nunca aparecem e outros já manjados pelas polícia Federal, Civil e Militar. A posição geográfica de MS atrai criminosos de vários estados com ligações internacionais. A fronteira com o Paraguai vem sendo disputada há décadas por organizações criminosas do estado e concorrentes poderosos como o PCC , Comando Vermelho entre outras. Desde julho deste ano foram feitas três ofensivas da DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) contra facção criminosa da Região Norte do Brasil autodenomina “Família Terror do Amapá”.
Trata-se de uma das mais violentas Organizações Criminosas da daquela região do país, consolidada no estado do Amapá. Tem buscado expandir as atividades ligadas ao narcotráfico em MS. Num intervalo de quatro meses o DRACCO cumpriu sete Mandados de Busca e Apreensão, dois de Prisão, apreensão de automóvel, celulares, documentos e outras evidências para nortear outras diligências contra a Família Terror do Amapá.
As ações de repressão qualificada contra a facção criminosa que busca se instalar no Estado de Mato Grosso do Sul, principalmente na região de fronteira, decorrem de acompanhamento sistêmico, compartilhamento de informações e diligências conjuntas com o DRACO da Polícia Civil do Estado do Amapá.
Na manhã de 16 de dezembro de 2021 investigadores do DRACCO cumpriram mais um mandado de busca e apreensão na residência de uma das lideranças da Organização Criminosa, bairro Indubrasil. Na diligência foram aprendidos um veículo FIAT/CRONOS, celulares e documentos que irão nortear ações repressivas futuras.
No início de dezembro, no bojo da “Operação Estol”, coordenada pelo DRACO/PCAP, com o apoio do DRACCO/PCMS e outras unidades de Polícia Judiciária Civil, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva contra integrantes da organização criminosa responsáveis por roubar uma aeronave na cidade de Laranjal do Jari – AP em março deste ano. Os criminosos são narcotraficantes que enviavam drogas da Bolívia para o Amapá em grandes quantidades através de aeronaves de pequeno porte. O líder da ORCRIM é do estado do Mato Grosso do Sul e de lá comandava o envio de entorpecentes para o Amapá junto com os demais membros. Após ter sua aeronave apreendida com entorpecentes no Paraguai, o grupo criminoso teria roubado outra no Amapá para continuar o transporte da mercadoria ilícita.