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NÃO VACINADOS e pessoas com dose atrasada REPRESENTAM 88% de internados no Rio de Janeiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

A ocupação de leitos destinados ao tratamento de covid-19 na rede municipal de saúde da cidade do Rio de Janeiro saltou de 1,7% para 65% nas últimas três semanas em meio à onda da variante ômicron. Pouco mais de um ano após o início da campanha de vacinação, 46% dos 821 internados com a doença não tomaram nenhuma dose da vacina contra o coronavírushá duas semanas, esse índice era de 38%. A proporção alcança atualmente 88% dos internados quando considerados também pacientes que não completaram o esquema vacinal, ou seja, que estão com a segunda ou a terceira dose em atraso.

Segundo a Revista Exame uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, mostra que nove em cada dez pacientes internados com a covid-19 não estavam imunizados. O estudo mostrou ainda que a probabilidade de óbitos foi 14 vezes maior em pessoas sem a vacinação, em comparação com quem estava com a imunização completa

Entenda como o avanço da vacinação afeta seus investimentos.

A análise foi feita ao longo de 2021 pelo Serviço de Epidemiologia do hospital e coordenado pela médica epidemiologista Ana Freitas Ribeiro. Apesar de ser uma amostra, reflete uma máxima que outros estudos, já publicados ao redor do mundo, também concluíram: a vacina reduz quase 100% os casos graves da covid-19.

“Quando o paciente é internado com gravidade, mesmo vacinado, a chance de morrer é muito grande. O que faz a diferença é quem não precisou de internação porque desafoga o sistema. Metade dos casos não vacinados precisaram de UTI”, diz a médica Ana Freitas Ribeiro. Veja també

Números

De janeiro até a primeira quinzena de setembro deste ano, 1.172 pessoas foram internadas por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associada à covid-19 no Emílio Ribas. Deste total, 1.034 não tinham recebido nem a primeira dose de vacina. Foram consideradas vacinadas aquelas pessoas que tinham recebido a segunda dose há mais de 14 dias.

Apenas 138 pacientes tinham tomado pelo menos uma dose de vacina. Destes, 85 haviam sido imunizados com apenas uma dose e 53 estavam com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única).

Outra análise mostrou que os pacientes que evoluíram para formas mais graves da covid-19 eram pessoas com mais de 50 anos e com algum tipo de comprometimento do sistema imunológico. O menor grupo foi o de jovens de 19 a 29 anos, representando 5% do total de pacientes (57 pessoas).

“As vacinas precisam terminar o seu esquema. Com uma dose você não está protegido. A grande maioria que precisou de internação e que estava com o esquema vacinal completo tinha comorbidade ou mais de 60 anos. Isso nos chama a atenção para a necessidade da dose de reforço”, diz afirma a médica Ana Freitas Ribeiro.

Entre aqueles que tinham esquema vacinal completo, não houve paciente na faixa etária de 19 a 29 anos, e 77% do total de internados tinham mais de 60 anos. Nestes casos, 83% tinham doenças pré-existentes.

Desde meados de setembro, o Ministério da Saúde distribui aos estados doses extras para vacinar, de forma complementar, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos. De acordo com dados do governo federal, já foram vacinadas quase 2 milhões de pessoas com a dose de reforço em todo país. (Foto Revista Exame)

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