Chapadão do Sul/MS

ARTIGO – “Não Preciso de Carona”, mas de armas. Destaque é do presidente da Ucrânia ao receber ajudar dos EUA para deixar o País

Claudinei Poletti – Advogado

(Foto Agência Brasil)

Ao saber que o (des)Governo Americano, através de seu patético presidente Joe Biden, ofereceu ajuda para tirá-lo da Ucrânia “a salvo”, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski respondeu de pronto: “preciso de munição, não de carona”. Com o perdão pelo trocadilho, foi um petardo no peito do mais pusilânime presidente americano desde muito tempo (segundo muitos, desde sempre). Um covarde que, por sua inércia, está colaborando para que o mundo fique temendo o pior. Em pouco mais de um ano de (des)governo, o senil presidente americano já protagonizou a patética retirada das tropas americanas do Afeganistão, deixando para o oriente, como presente, um bando de terroristas armados até os dentes e, agora, essa pífia atuação naquele que poderá ser o pior conflito entre países após a segunda guerra. Porém, à exceção de parte da esquerda perfumada, o mundo já sabia o quão inútil é o atual “homem mais poderoso do mundo”. Por outro lado, o mundo todo (à exceção de outro estadista corajoso) também já sabia que Vladimir Putin, além de ter em mente o retorno da “União das Repúblicas Soviéticas” ou da Rússia forte, como se refere, não tem escrúpulos, limites ou qualquer trava interna. Teria um freio externo se os USA tivessem um(a) presidente corajoso(a)

Nenhuma surpresa, também, o fato de Putin ter o apoio explícito da Venezuela, de Cuba, da Coréia do Norte, da Argentina, além, claro, o apoio velado e interessado de Xi Jinping (Taiwaneses não dormem há dias), afinal a “esquerda raiz” respira. No Brasil, o PT (sempre ele), através da bancada no Senado publicou nota condenando ataques americanos no passado para justificar o ataque russo. A nota foi apagada devido à repercussão negativa, mas circula nas redes para quem quiser ler. Lula, tentando permanecer neutro (se é que alguém acredita nisso), acompanho de quem? Sim, na companhia de Bolsonaro, que está preservando o comércio de fertilizantes com o ditador russo (é mais fácil acreditar nisso ou na isenção do Lula?). Fato é que, em pleno século XXI, o século da tecnologia, da informação, da interação, do “empoderamento”, de pautas “limpinhas”, do fim dos combustíveis fósseis e da energia potencialmente poluidora, o que temos é o retorno ao pior do século passado. Não menos curioso é que a Europa “desmilitarizada” por conta dessas pautas “humanizadas” e livre da energia “perigosa” das usinas nucleares, agora é refém do poderio militar russo e da sua energia “suja” e fóssil, sem a qual os europeus e, em especial, os alemães, não sobreviverão ao próximo inverno.

A outra curiosidade é que a “velha esquerda” saudosa de Stalin, Mao, Fidel e outros crápulas e, ao mesmo tempo, atenta à necessidade de se manter “politicamente correta”, numa bolha que ela mesma criou, critica a arbitrariedade russa, mas em seguida emenda: “mas e os Estados Unidos, quando promoveram a guerra do Iraque alegando que aqueles possuíam armas de destruição em massa”? Sempre que uma posição é seguida de um “mas”, podem apostar, vem bomba. Por mais que Bush filho tenha mentido sobre a real razão da guerra, o combate era com terroristas e o resultado foi a manutenção da paz, apesar dos sórdidos atentados de 2001. Na verdade, a manutenção da paz após a segunda guerra sempre teve um responsável, os Estados Unidos da América, mas esse é um assunto logo e muitos não estão preparados para essa verdade: o mundo deve muito ao “imperialismo americano” e já começa a sentir saudades dele.

E o Zelenski? O “humorista” que preside a Ucrânia já mostrou (independentemente do que venha a acontecer) que tem muito mais colhões que muitos militares aposentados (compulsoriamente ou não) que também foram eleitos. Mais que isso, surpreendeu não apenas o mundo, mas especialmente o carniceiro russo, que jamais pensou em encontrar tamanha resistência. Até os pífios líderes europeus e a múmia americana tiveram que se mexer diante da postura do ucraniano. Não é uma comparação direta, porque seria injusta, mas precedente na história recente, apenas em Winston Churchill, que, com a Europa praticamente tomada por Hitler, assumiu a Inglaterra sendo atacada diariamente. Contra tudo e todos, não se entregou ao demônio, ainda que isso lhe custasse implorar, por anos e praticamente de joelhos, ajuda americana, por muito tempo negada por Roosevelt (um pouco mais corajoso que Biden, mas não muito), mas que, por fim e com a inestimável ajuda da Eleanor (esposa e mandatária de fato) e da precipitação japonesa com o ataque à base de Pearl Harbor, foi o maior responsável pela vitória aliada na segunda guerra, ainda que hoje, por vezes, seja julgado mais por desvios pessoais do que pelo maior feito de homem na história moderna.

Enfim, lamentavelmente, quando o mundo mais ansiava por paz, por calmaria, temos um lunático disposto a tudo para acabar não apenas com a paz, mas com as bases do mundo atual, retroagindo um século, quando seu antepassado comunista exterminou ucranianos à mingua, tomando a comida que que eles mesmos produziam e condenando-os à morte pela fome.

De resto, gostaria muito de ser governado por um humorista corajoso.

Claudineu Poletti – Advogado

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