A Polícia Militar qualificou como “Cárcere Privado” uma ocorrência que começou como Violência Doméstica em Chapadão do Sul quando o ex-marido invadiu uma casa e prendeu a vítima no banheiro. Estourou a fechadura para impedir que ela fugisse. Graças ao celular ela conseguiu acionar a PM que atendeu rapidamente o chamado e prendeu o invasor. Ele estava bêbado e foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. Aumentou muito as ocorrências de homens que atacam as mulheres sob efeito de drogas e álcool durante a pandemia no município.
Neste caso a vítima reiterou o pedido de Medida Protetiva para ter um mínimo amparo legal em caso de reincidência das agressões. O homem pulou o muro e entrou na residência sem autorização e agarrou a vítima pelo pescoço antes de trancá-la. Este é um caso de mudança de personalidade sob o efeito de bebida. Geralmente é o motivo da separação porque as companheiras vivem sob a “cruz e a espada”. Além da invasão a domicílio e agressão o autor também dirigia embriagado.
Organizações oficiais e ONGs do Brasil e do exterior já divulgaram vários estudos sobre o aumento da violência contra mulheres durante a pandemia em todo o mundo. A crise financeira ou o isolamento afetou o orçamento de muitas famílias que já viviam em dificuldades. O estresse, o consumo de bebida alcoólica e drogas aumentaram, assim como a instabilidade familiar.
O Global Protection Cluster – uma rede liderada pelo ACNUR de ONGs e agências da ONU que fornece proteção às pessoas afetadas por crises humanitárias – observou em agosto que a violência de gênero estava ocorrendo com uma incidência maior em 90 por cento de suas operações, incluindo no Afeganistão, Síria e Iraque. O estudo se deu em países destruídos por conflitos bélicos com total falta de perspectiva. Já em países democráticos como o Brasil o fenômeno também segue em níveis alarmantes.
