O descumprimento de Medida Protetiva ocorre em todas as cidades brasileiras. Na região que compreende Chapadão do Sul / Costa Rica / Paraíso das Águas / Cassilândia não é diferente. O MS segue liderando no Brasil o triste ranking de Feminicídios. Toda semana uma mulher é assassinada no estado e – principalmente – na Capital. Nesta semana o açougueiro que matou esposa e manteve corpo em casa por quatro dias foi condenado a 12 anos de prisão. Aparentemente a pena foi branda porque não cumprirá integralmente antes de ganhar a liberdade.
Ontem, em Costa Rica, a Polícia Militar chegou a tempo de prender e conduzir à Delegacia de Polícia o homem que discutia com a mulher. Ela dentro do carro, ele do lado de fora. Uma Medida Protetiva tinha sido expedida e não estava sendo cumprida. Este é um dos casos que o homem não aceita a separação e muitas mulheres acabam assassinadas. A Polícia Militar pode ter evitado mais um crime contra a mulher.

Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de Feminícidio do Brasil: 3,5 a cada 100 mil mulheres. De acordo com dados do Monitor da Violência, divulgados pelo Portal G1 em 8 de março (Dia Internacional da Mulher) o Estado liderava o ranking nacional com a maior taxa de assassinatos: 8,3 a cada 100 mil mulheres.
Metade dos Estados brasileiros teve alta nos casos de feminicídios em 2022. No caso de MS, o aumento foi de quase 40%. No ano passado, 43 mulheres foram vítimas de crime de ódio. Em 2021, o Estado registrou 31 feminicídios. As estatísticas são da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). Neste ano, o Estado já registra cinco feminicídios.
Em junho do ano passado, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) divulgou levantamento com dados de 2017 a 2021, relativos a 89 ações penais de feminicídios. Em 59% dos casos, elas foram mortas dentro de casa. Já a forma do crime revela a extrema violência. A maioria morre a facadas, seguido por arma de fogo, objetos (madeira, ferro, pedra, tijolo), facão, fogo, asfixia, força física, tesoura e atropelamento.
A 1ª Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande) destaca que tem funcionamento 24 horas e conta com equipe de policiais treinados para atendimento humanizado e capaz de atender a mulher em situação de violência doméstica, de forma a proporcionar acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência de gênero. (Foto Brasil de fato / agencia EBC)
