Chapadão do Sul/MS

INTERNAUTA – Desabafo de um caminhoneiro sobre o cotidiano nas rodovias do Brasil.               

      Está rodando em redes sociais o áudio de um caminhoneiro do Cachoeiro do Itapemirim (ES) que fez um desabafo sobre o drama que a categoria enfrenta nas estradas cotidianamente como o aumento dos preços dos combustíveis, diminuição do valor do frete e da fiscalização da PRF (Polícia Rodoviária Federal).  Este vídeo foi enviado por um caminhoneiro de Chapadão do Sul, cidade denominada a Capital Agrícola de MS e com grande presença destes profissionais do volante que ficam dias nas estradas, longe da família e enfrentando uma série de dificuldades para honrar compromissos típicos da categoria.

No seu entendimento há exageros nas cobranças feitas nas blitze que resulta em multas que oneram estes profissionais, além do pedágio cuja área de cobrança avança pelas estradas do Brasil. Os estados e o Governo Federal não conseguem dar manutenção e acabam entregando à exploração  da  iniciativa privada que trabalha com o lucro do investimento.  O valor da tarifa deles é por eixos e quanto maior o veículo mais caro será o pagamento do  pedágio.

Segundo o motorista há uma fiscalização exagerada da PRF em todo o Brasil sobre as condições estruturais dos caminhões. Segundo ele o preço do diesel quase inviabiliza a categoria que tem várias preocupações e compromissos de rotina que exigem muita determinação para continuar rodando. Muitos são devedores em banco, estão inadimplentes e até perderam o crédito. São sugados pelas transportadoras, trabalham no limite com cansaço físico e mental e ainda precisam resolver problemas familiares no momento de extremo estresse.

Quem trabalha como motorista de ônibus nos centros urbanos chega em casa cansado, uma simples viagem de 600 quilômetros  extenua qualquer motorista de final de semana. Imagine passar 30 a 90 dias rodando, dentro de uma cabine de caminhão, tendo que superar buracos e o cansaço mental. Não bastasse isso, quando um caminhoneiro é assaltado mandam ele registrar queixa na Policia Civil 

Fiscalização é dura quanto ao peso e altura da carroceria. A carreta sem reforço é um veiculo “mole”, não pode curvar ou dar um golpe de direção que o cavalo tomba. Mola reforçada então, dá mais segurança e estabilidade. Caso seja interceptado numa blitz o caminhoneiro será multado por estes acessórios tidos como seguros.  Uma granja de galinha, chiqueiros e currais tem tem luz de led, já um caminhão não pode porque ofusca o condutor que vem no sentido contrário.

Mas o caminhoneiro trafega em locais escuros, sem faixa de sinalização ou faixa refletiva, mas vai tomar outra multa nestes caso de modificação do farol. Pais de família, deviam ser mais respeitados porque na pandemia todo mundo ficou em casa, mas caminhão não parou de rodar. Se colocar um isofilme para aliviar o sol leva vem multa. Caminhoneiro faz exame toxicológico, mas não é somente ele que usa drogas e causa acidentes com vitimas fatais nas estradas.

O motorista representa o povo trabalhador, mas a categoria está sendo duramente penalizada. Botar 32 mil toneladas na carroceria e entrar numa curva é para quem sabe. È mais seguro numa carreta com reforço, caso contrário fica difícil saber onde irá parar. Pegar um carro de passeio e dar uma volta é bem mais muito fácil. São meses na estradas desviando de buraco e  animais na pista. Não pode ter um reforço na carreta para aumentar a segurança?

Carregamos o País nas costas, mas precisamos de apoio das autoridades federais que deveriam priorizar  a prisão de bandidos que infestam as rodovias, carros clonados, tráfico de drogas e outras irregularidades.  Claro que caminhões  em péssimas condições, pneus no arame e caminhoneiros irresponsáveis devem ser fiscalizados duramente. Mas acessórios? O contrário penaliza os bons profissionais  (foto canalrural.com.br)

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