A frente fria que derrubou a temperatura em Chapadão do Sul e no Centro Oeste brasileiro está mais agressiva no Rio Grande do Sul. Várias entidades e órgãos públicos estão suspendendo o atendimento na tarde de hoje diante do fenômeno semelhante a um furacão que avança pelo litoral e deve causar diversos estragos e danos estruturais nos municípios que se concentram na faixa leste do Estado, principalmente na Zona Sul, no litoral e na região metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, um ciclone tropical é semelhante a um furacão. Nas regiões com alerta, os ventos podem chegar até 120 km/hr. No RS, esta condição pode ser considerada histórica e preocupante:
– Comumente o caminho tradicional de ciclones e sistemas de baixa pressão é, obviamente, do continente em direção ao oceano. O que chama atenção e está sendo evidenciado por muitos modelos meteorológicos é justamente o contrário. O que ocorre é o que chamamos de uma baixa desprendida, que está a quilômetros da costa a caminho do continente. Ou seja, é uma característica inversa com o avanço de uma tempestade do oceano em direção ao continente – explica Verardo.
Devido ao vento intenso, Verardo também relata que podem ocorrer casos de alagamentos com o avanço da Lagoa dos Patos, do Guaíba, e de uma forte ressaca no litoral.
A Defesa Civil do RS emitiu alerta para toda a faixa leste do Estado e, durante este período de atuação do ciclone, recomenda atenção especial às comunidades em situação de vulnerabilidade social, idosos, enfermos, crianças e animais domésticos. (diariosm.com.br)
