Chapadão do Sul/MS

FALTA de inseticida no Ministério da Saúde poderá fazer “explodir” casos de dengue no Brasil

No primeiro semestre de março o Ministério da Saúde assumiu o atraso no repasse de produto usado para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika, a Estados desde o ano passado. Por falta de estoque, o órgão  tem atrasado o envio de inseticidas  utilizado na nebulização espacial (conhecida popularmente como fumacê). Há escassez do insumo e atraso no repasse desde o ano passado. A alta de casos em vários pontos do país preocupa.

Todos os municípios de MS estão com elevações de casos de dengue. As prefeituras não podem comprar diretamente o produto e dependem do Governo Federal para normalizar a distribuição do insumo. Ao Estadão, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, disse que a atual gestão assumiu “sem nenhum estoque”. “Já refizemos os contratos, mas, como são compras internacionais, que chegam de navio, a previsão de entrega é demorada. Um dos (itens) que precisávamos foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no fim de fevereiro.”

Segundo ela, a situação de quatro Estados, onde há condições climáticas mais favoráveis à reprodução do mosquito, preocupa mais: Espírito Santo, Minas, Tocantins e Santa Catarina. Até o fim de fevereiro, segundo o ministério, o Brasil teve alta de 46% nos casos de dengue e de 142% nas infecções por chikungunya na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em nota técnica da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses de 3 de março, o ministério informou aos municípios e Estados que o processo de aquisição de um dos fumacês, o Cielo-UVL (Praletina+Imidacloprida), estava na fase final de contratação, com expectativa de recebimento do insumo nos próximos 45 dias.

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