Chapadão do Sul/MS

DUAS cidades de MS registraram terremotos de 2,1 de magnitude. Morador de Chapadão do Sul estava em Coxim no abalo de 4,8 de 2016

         Duas cidades de Mato Grosso do Sul registraram tremores de terra nesta semana. O primeiro abalo sísmico, com magnitude 2,1, ocorreu em Miranda, às 2h42 de terça-feira (26). O segundo na quarta-feira (27) em Ladário, às 9h49, também de magnitude de 2,1. Os dados divulgados pela RSB (Rede Sismográfica Brasileira) foram analisados pelo Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo).  Em 2016 a cidade de  Coxim teve o abalo de maior magnitude já conhecida em MS com   4,8 de magnitude. Um morador de Chapadão do Sul passou por esta experiência assustadora

MORADOR de Chapadão do Sul no terremoto de Coxim

Neste caso específico de Coxim o jornalista Cesar Rodrigues (chapadensenews) trabalhava na cidade como editor-chefe do Jornal impresso Diário do Estado. Quando lemos estas notícias a impressão é totalmente impessoal. Já quando estamos no local a sensação é quase indescritível porque o pânico e o medo superam qualquer narrativa mais lúcida.

Eram cerca de 21 horas quando e eu (Cesar Rodrigues) estava sentado num banco navegando na internet. Casa começou a tremer e logo uma rachadura surgiu na parede. O banco parecia uma cadeira de balanço. Paralelamente ao tremor era possível escutar o som de algo parecido com a gás de um botijão saindo de algum lugar da terra. Até hoje não consegui definir que barulho esquisito foi aquele.

Durou pouco mais de 30 segundos, mas pereceu horas. Passado o tremor e o susto sai para fora. Na rua tinha centenas de pessoas tão assustadas e tão surpresas quanto eu. Proferiam frase tipo que era o “fim do mundo” etc.  Imaginemos aqueles abalos do Japão ou na Turquia que mataram milhares de pessoas com abalos de 5 graus de magnitude. Na época Coxim tinha apenas um prédio com cerca de 5 andares, o restante  da arquitetura urbana era composta por casas. O epicentro teria sido numa região conhecida por Poconé (Pantanal). Animais domésticos e no campo desapareceram porque devem ter corrido assustados.

Observação – Nunca uso meu nome  como personagem em matérias porque o conteúdo é sempre para o leitor opinar. O jornalista é sempre “agente da notícia, nunca notícia”. Neste caso decidi dividir com os internautas uma experiência única e assustadora. Ter passado por isso permite melhor entendimento das vítimas de grandes abalos sísmicos que atingem países populosos. Não há chance de escapar, apenas a sorte de sobreviver.

Cesar Rodrigues / jornalista / chapadensenews.com.br

Foto de capa midiamax.com.br

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