Chapadão do Sul/MS

DRACCO apreende 27 fuzis na fronteira do MS. Um deles foi comprado por traficante internacional que está preso

Neste momento as diligências seguem com buscas e apreensões de armas de fogo, documentos e celulares. As ações estão concentradas na região de Dourados, onde fica a sede da loja de armas investigada. Nesta manhã o DRACO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul desencadeou operação na faixa de fronteira em repressão ao comércio irregular de armas de fogo de uso restrito.

No curso das ações de combate à corrupção e ao crime organizado da Operação Hórus – Programa Guardiões da Fronteira do Ministário da Justiça e da Segurança Pública – constatou-se que a prática criminosa era realizada por empresa de armas localizada na cidade de Dourados.

As recentes alterações do cenário normativo referentes à negociação de armas de fogo proibiram – desde setembro de 2022 – a venda de fuzil. Porém, a loja alvo da operação policial manteve a comercialização das armas de calibre restrito após esse período, inclusive, efetivadas com diversas irregularidades que indicaram até a facilitação do acesso das armas de alto poderio de fogo por criminosos.

Verificou-se que diversos fuzis vendidos no período foram negociados por valores extremamente baixos, indicando sonegação fiscal. A situação se torna ainda mais sensível por se tratar de região de fronteira, que conta com a forte influência de facções criminosas nacionais e internacionais.

No caso mais grave um dos fuzis vendidos na loja foi negociado com um criminoso que contava com Mandado de Prisão em aberto com condenação a cumprir de 24 anos pelo crime de tráfico de drogas nacional e internacional. Foi preso recentemente na cidade de Balneário Camboriú/SC na posse do fuzil calibre 5,56, adquirido nesta empresa. Também tinha duas pistolas 9mm e um revólver calibre .357, munições, além de mais de R$ 40 mil em espécie.

Constatou a gravidade dos crimes cometidos diante da rapidez na circulação do armamento que já havia, inclusive, atravessado as divisas e fronteiras, o que poderia estar afeto aos demais fuzis vendidos em condições parecidas. Todos esses elementos motivaram a adoção de medidas enérgicas para a apuração e repressão dos fatos com o objetivo da repressão do comércio irregular dos armamentos que estava propiciando a facilitação do desvio e acesso de poderio bélico ao crime organizado.

Foram representadas por medidas de Busca e Apreensão em locais específicos, inclusive na loja de armas, visando à localização e apreensão dos armamentos irregularmente vendidos. A Operação Policial do DRACCO envolve mais de 50 policiais civis, distribuídos entre, equipes do Departamento, e ainda, do GOI, 1ª DP, 3ª DP desta capital e equipe do SIG de Ivinhema, apoio da SEFAZ, da Polícia Federal através da DELEAQ e do Exército Brasileiro na aferição quanto à regularidade dos processos de comercialização das armas de fogo de uso restrito durante o período de interesse da apuração.

Até o momento várias armas de fogo, entre elas fuzis e munições de calibre restrito já foram apreendidas pelos operacionais em campo. Porém o quantitativo exato será disponibilizado em momento oportuno, após o balanço do material arrecadado. Até o momento estão apreendidos 27 fuzis .

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