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O Juiz Dr. Fábio Esteves tornou-se uma referência de perseverança na busca dos objetivos em Chapadão do Sul. Foi capa de diversos portais de notícias de MS e do Brasil que contaram a história do menino que dormia na escola para não perder as aulas. O colégio foi construido a pedido do pai que era analfabeto. O desejo era permitir que os três filhos tivessem acesso à educação. A casa ficava há 23 quilômetros da sala de aula. Aos 10 anos passou a morar de favor no colégio, onde dormia e era cuidado por duas professoras. O juiz gravou um áudio para o evento voltado à promoção da Igualdade Racial em Chapadão, realizado na noite de ontem, na Câmara de Vereadores.
Assumiu a magistratura em 2007 e faz questão de lembrar que a conquista do cargo exigiu muito esforço, dedicação, suor e uma dose de oportunidade. Aos 44 anos, Esteves sempre cita as experiências que viveu quando menino em Chapadão do Sul (MS). Homem negro, de origem humilde, enfrentou condições adversas para estudar. Seguiu firme nos estudos e se tornou o primeiro da família a acessar o ensino superior. Se formou em 2003 na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS).
Sonho de juiz
Os outros dois filhos da família terminaram o ensino médio. Na mesma época, no entanto, Esteves lembra que teve a certeza de que queria seguir adiante. Desde menino sonhava em ser juiz. A vontade de seguir a profissão veio de um manual de profissões. “Já entrei [no curso de direito] me preparando para a magistratura. Era o que queria, não tentei a advocacia”, revela.
Esteves assumiu, em 2007, o cargo de juiz substituto no DF. Depois, ele foi promovido para juiz titular da vara criminal do Núcleo Bandeirante. Em 2016, foi eleito presidente da Associação dos Magistrados do DF (Amagis). Desde então, o juiz já esteve à frente de inúmeros casos, inclusive julgamentos que repercutiram em todo o Brasil .
