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DIA Internacional da Mulher – Enheduanna escreveu a primeira história da humanidade, 2200 anos antes de Cristo  

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Quem foram os primeiros autores e textos que temos conhecimento? Seguramente você ouviu falar de Heródoto, tido como o pai da história. É bem provável que também saiba algo sobre Homero, o provável autor da “Iliada” e da “Odiseia”. Talvez conheça algo sobre Virgílio, autor da “Eneida”, um dos poemas épicos romanos mais difundidos. Mas essas não foram as primeiras obras da história.

As tábuas de argila.

As primeiras obras não foram propriamente escritas, foram talhadas em pequenas tábuas feitas de argila na antiga Mesopotâmia, uma região tida como o berço da civilização, entre o Iraque, Irã e Turquia. Para surpresa de muitos, não foi um homem o primeiro a escrever sobre história, foi uma sacerdotisa denominada Enheduanna, dois mil e duzentos anos antes de Cristo.

O assédio sofrido por Enheduanna.

Conhecemos poucos detalhes sobre a vida de Enheduanna. Sabemos que era filha de Sargão, fundador de um império da Mesopotâmia. Enheduanna era sacerdotisa do templo dedicado ao deus lunar Nanna na cidade de Ur, uma das primeiras da história. Seu nome significa “ornamento do deus do céu”. Foi ela que conseguiu reunir em uma só religião os credos dos sumérios e dos acádios, dois povos beligerantes da Mesopotâmia. Se você faz alguma oração ou gosta de poesia, saiba que ambas são criações de Enheduanna. Elas foram o modelo de escrita adotado por muitos séculos.

Quando Sargão, seu pai morreu, assumiu o poder Lugalane. Rapidamente, Lugalane tentou enviar Enheduanna para um bordel, por não conseguir conquistá-la. Furiosa, ela escreveu: “atreveu-se a aproximar-se de mim em sua luxúria”. Frustradas as pretensões sexuais de Luagalane, a sacerdotisa foi enviada para o exílio, de onde retornaria tempos depois da queda do rei molestador. (redação e campograndenews.com.br)

HISTÓRIA

Entre os primeiros autores já identificados, o destaque do pioneirismo cabe à filha de Sargão, a princesa Enheduana. A primeira autora conhecida em toda a história da escrita era também sacerdotisa do deus lunar mesopotâmico, conhecido na Suméria por Nanna ou por Sim na Acádia. Coube ainda a Enheduana promover o sincretismo entre as variações das crenças dos diferentes povos mesopotâmicos para proporcionar um ensinamento que fosse aceito por toda parte no império que seu pai estava iniciando com a unificação de populações e terras na região.

Numa sociedade teocrática, o papel dos sacerdotes era muito importante e conferia um enorme poder para quem exercia os misteriosos atributos de intermediários entre os homens e as divindades, sendo assim, Enheduana era uma figura de elevado destaque social entre seu povo. Em textos autorais ela costumava referir a si em primeira pessoa e sua produção escrita contém cânticos poéticos para os deuses, ensinamentos teológicos, orientações ritualísticas e registros do cotidiano, produção que qualifica a autora como teóloga, literata, filófosa e pessoa importante na condução do império em seu papel de organizar a prática religiosa dos súditos e fiéis além de organizar um conjunto significativo de templos sob suas prescrições como líder.

A produção escrita de Enheduana sugere possibilidades a respeito da alfabetização das mulheres mesopotâmicas, o que também é reforçado pela importância da figura da deusa Nidaba, representada como uma escriba patrona da escrita, da educação e da astrologia. Diante disso, não chega a ser surpreendente que a primeira pessoa a ser reconhecida como autora de uma produção escrita seja realmente uma mulher da Mesopotâmia. (Foto / projeção visual)

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