Representantes da AFIMS (Associação das Funerárias do Interior de Mato Grosso do Sul) fizeram um mutirão e farão o translado da campo-grandense Lucimara de Oliveira (50) que morreu em Ribeirão Preto (SP) após infarto. Moradora de rua e usuária de drogas, deixou de manter contato com a família em MS há 13 anos. A morte gerou grande repercussão no estado porque ela não tinha documentos e seria enterrada como indigente em São Paulo. A AFIMS tem como presidente a empresária sul-chapadense Elaine Cristina Zangerolami. Ao tomarem conhecimento da situação de Lucimara os dirigentes decidiram usar a entidade para custear as despesas de forma cotizada entre os associados.
Segundo Elaine Zangerolami o pedido de ajuda para os atos fúnebres e evitar o enterro de Lucimara como indigente indigente chegou ao conhecimento da AFIMS ontem. Rapidamente foi decidido pela doação das despesas de viagem e combustível. A Pax Jaraguari do Brasil cederá o veículo e o motorista. Já a Anjos da Paz de Campo Grande o serviço de sepultamento e a documentação junto ao cemitério. O translado deverá ocorrer na segunda-feira – primeiro dia útil da semana – com reabertura dos trabalhos cartorários. Até lá Lucimara ficará no IML de Ribeirão Preto em local refrigerado.
DIREÇÃO DA AFIMS
Elaine Presidente – Pax Brasil de Chapadão do Sul
Esmael – Conselho Fiscal Pax Brasil Chapadão do Sul
Antônio – Vide presidente Pax Vida Paranaiba
Gilberto – Conselho Fiscal Pax Vida primeiro crematório do estado / Paranaiba
Anderson – Conselho Fiscal Paz anjos da paz Campo Grande e interior
Jonathan – 1 tesoureiro Pax Jaraguari do Brasil / Jaraguari
Sergio – Conselho Fiscal Pax líder Chapadão do Sul
Carla – 1 secretária Chapadão do Sul Pax líder
MORTE E DISTÂNCIA DA FAMÍLIA
Lucimara era de Campo Grande e, desde 2009, tinha desaparecido. A irmã, Antônia de Oliveira, soube da morte por meio das redes sociais: uma ONG tentava encontrar parentes da mulher, que havia morrido de infarto. A família começou vaquinha on-line para arrecadar R$ 6,8 mil para o translado e sepultamento do corpo. Até hoje havia angariado cerca de R$ 2 mil.
Drogas – Lucimara era usuária de drogas e vivia nas ruas de Ribeirão Preto há cerca de 10 anos. Antônia conta que a irmã saiu de casa quando tinha 20 anos e, até 2005, visitava a família, indo ver a mãe todos os anos em Campo Grande. Depois desse período, não foi mais até lá e deixou de manter contato em 2009.
A presidente da ONG paulista Anjos da Rua, Juliana Alencar, conheceu Lucimara antes do envolvimento dela com as drogas. Quando soube da morte, foi corrida contra o tempo. “Ela não tinha documentos e não sabíamos o nome de ninguém da família dela, o prazo que tínhamos era até sexta-feira para que não fosse enterrada como indigente”, explica.

