A carreira de Estêvão Barreto de Oliveira (20), natural de Paranhos (MS), pode ser comparada a passagem de um meteoro. Iniciado no futebol aos cinco anos, o menino despontou em todas as categorias de base que atuou e, em menos de oito anos, viu seu talento ser disputado por grandes clubes do futebol brasileiro e da Itália. O resultado, é que ainda menor de idade, sua multa rescisória está avaliada em 60 milhões de euros. Se preferirem, 280 milhões de reais em 2018.
Quem relembra a trajetória do jogador é o próprio pai, Leandro Carlos de Oliveira (49), servidor público. Foi no futebol de salão que Estêvão deu os primeiros chutes. Tempos depois, foi visto pelo professor Denilson Rafaine, ainda em Paranhos, que coordenou a transição – rápida – do garoto para o futebol de campo.
Os títulos de torneios conquistados pelo jogador, em Paranhos e no Estado foram se multiplicando. A principal marca dele, segundo o pai, é a precocidade. Estêvão sempre disputou campeonatos em categorias acima da sua.
A cidade do MS ficou pequena para tanto talento e Denilson o levou para o São Paulo Futebol Clube. Aos nove anos, a passagem pelo primeiro grande clube não deu certo, mas não por falta de futebol, e sim porque a família não podia se sustentar sem ajuda de custo do clube na capital paulista.
Um campeonato internacional, categoria Sub-11, disputado em Jataí (GO), foi um divisor de águas na carreira do atleta. Olheiros de vários clubes observaram as características do garoto, que segundo o pai é um meia-armador que pega a bola para fazer o jogo e também é forte no chute a distância.
Em 2011, o treinador levou Estêvão para teste no Santos, onde foi aprovado. Ficou quatro anos e também colecionou títulos. No entanto, não havia o sub-14 no clube, diz o pai, e o treinador à época achou que o jogador estava fisicamente abaixo da categoria acima.
Entre as propostas que tinha, a família buscou o internacional, em 2016, onde atuou no Sub-14. A escola gaúcha de futebol, diz o pai, é a mais moderna e se assemelha mais ao futebol internacional.
Em 2017, o auge de Estêvão, foi no sub-15 do time gaúcho, com a conquista da Copa Nike e a disputa na Copa Internacional Cruzeiro Camp, com o vice campeonato em janeiro daquele ano. Foi ai que surgiu interesse maior do futebol nacional e italiano.
O Inter pediu à família para profissionalizá-lo e o craque assinou o contrato mais importante da vida. A multa rescisória estava 60 milhões de Euros (282 milhões) há quaro anos e vigorou até 2021 antes de ser renovado. Para efeitos de comparação, o zagueiro camarones do Barcelona, Samuel Umtiti tinha multa no mesmo valor e contrato também até 2021.
O foco do garoto e da família é se firmar no profissional, chegar à seleção brasileira e fechar contrato com um grande time europeu. O Real Madrid é o time de coração de Estêvão fora do Brasil. (Topmidianews.com.br)

