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A maioria dos cientistas já chegou à conclusão de que é praticamente impossível eliminar o Aedes aegypti da face da Terra. Nativo do Egito – daí o nome aegypti –, ele é a espécie invasora mais famosa do Brasil. O mosquito é transmissor de doenças perigosas: a dengue, a zika, a chikungunya e a febre amarela. O Aedes é um seguidor do ser humano.
Existe um tipo de sangue preferido pelo mosquito transmissor da dengue? O uso do ventilador afasta o mosquito? Tomar cerveja afasta o Aedes aegypti?
A professora da USP Maria Anice Mureb Sallum, que atua na área de taxonomia e ecologia de mosquitos vetores de agentes infecciosos há mais de 45 anos esclareceu algumas informações falsas sobre o Aedes e confirmou o que é verdade a respeito da espécie invasora mais famosa do Brasil
VÍDEO abaixo
PRAGA Mundial sem solução imediata
Não foi a dengue, muito menos o zika vírus ou o chikungunya que fizeram do Aedes aegypti um inimigo da saúde pública. A criatura que ensinou o mundo todo aprender a pronunciar este complicado nome científico pela primeira vez – e que significa algo parecido com “praga do Egito”, seu país de origem – é velho conhecido dos cientistas. Aqui no Brasil, pelo menos, há mais de cem anos.
Os primeiros relatos de dengue no país são do final do século 19, em Curitiba e, pouco depois, em Niterói. Mas não era essa ainda a doença que preocupava sanitaristas. Na extensa lista de vírus que o mosquito transmite, está também o da febre amarela — essa sim uma dor de cabeça pesada na época.
Para quem acha que a guerra contra o Aedes é uma batalha perdida, vale saber que já ganhamos essa briga antes: nos anos 1950, 30 anos depois dos primeiros estudos, o mosquito foi erradicado do país. Voltou na década seguinte, provavelmente importado de outras regiões da América em transações comerciais. A dengue virou problema nos anos 1980, para nunca mais dar sossego.
Corte seco para 2016 e o mundo inteiro se curva de pavor diante do inseto que não mede mais do que 1 cm. Quando as farmacêuticas finalmente anunciam a vacina contra a dengue, a descoberta de um quarto vírus, e sua possível relação com microcefalia, desafia a ciência e dá mais um gás na sobrevida do mosquito (redação / G! / metropelo.com.br)