Chapadão do Sul/MS

CASOS de raiva transmitida por morcegos hematófagos na região podem estar associados a impactos ambientais

     O avanço de casos de raiva em bovinos transmitida por morcegos hematófagos em Paranaíba também foi verificado em Paraíso das Águas e Costa Rica em 2019 e final de 2020. As nascentes dos rios Sucuriu e Paraíso eram os principais pontos de concentração destes animais. Já em 2021 a concentração é na serra de divisa com Paranaiba (Velhacaria) e nascente do rio Santana abrangendo também Inocência. Somente nestes locais de foco a vacinação é obrigatória desde 2016. Nas demais região com histórico é recomendável.

A vacina não é a única forma de combate Morcegos hematófagos que transmitem raiva que matam bovinos, suínos e outros animais. Cabe ao produtor auxiliar os técnicos da Iagro em identificar e informar focos em suas propriedades ou mesmo na região. Isso facilitaria a localização dos animais para facilitar o controle. São fatais também para seres humanos em caso de contaminação. A única forma de evitar as mortes e prejuízos é a vacinação. No momento a situação está grave em Paranaíba com a perda de várias de cabeças de gado.  O rebanho deve ser vacinado, incluindo a dose de reforço aos animais imunizados pela primeira vez.   

A Raiva é uma Zoonose de caráter agudo que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) da maioria dos mamíferos e é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus. No MS causa enormes prejuízos à pecuária e as suas ocorrências são favorecidas pela sua posição geográfica, em consequência de fatores como, topografia e clima favoráveis ao desenvolvimento das diversas espécies de morcegos. Um exemplo disso é a Serra de Maracajú que divide o Estado.

Isso proporciona condições propícias de habitação desses quirópteros, especificamente dos hematófagos, pela existência de abrigos como as cavernas aliado à fartura de alimentos, representadas pela população bovina estimada em 19 milhões de cabeças (2015) e que já chegou a causar perdas anuais de aproximadamente 2.000 animais.

Nos últimos anos a doença tem avançado dessas áreas, para regiões de surtos esporádicos ou livres da enfermidade. Esse avanço se deve principalmente aos impactos ambientais (construção de usinas hidrelétricas) e mudanças no perfil econômico (retirada da pecuária para plantio de eucalipto, cana e outras culturas).

Para o controle dos morcegos hematófagos existem duas formas: captura direta nos abrigos (naturais e artificiais), ou nos currais e a forma indireta onde o produtor aplica a vampiricida ao redor da sugadura recente dos morcegos. Nos dois casos, ao retornarem ao abrigo, os morcegos passarão a vampiricida aos outros morcegos através de lambedura e contato com início das mortes 3 a 4 dias após.

Portanto, toda vez que os moradores da área rural encontrarem os animais com perda de apetite, salivação, andar cambaleante, não consegue se alimentar nem se movimentar e vem a óbito entre 3 e 7 dias após; possuirem animais com sugadura por morcegos hematófagos e/ou tiverem conhecimento de abrigos com morcegos, comunicarem a Unidade Veterinária da IAGRO mais próxima e não manusearem estes animais. Caso qualquer pessoa entre em contato com animal suspeito ou venha a ser agredido por morcegos, cães, gatos, procurar imediatamente o Posto de Saúde mais próximo. (Fonte IagroMS)

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