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Pesquisadores e especialistas participam, nesta quarta-feira (4), de audiência pública na Câmara Municipal para discutir os impactos e as soluções para conter a proliferação da Leucaena leucocephala, conhecida leucena, planta exótica considerada invasora e que ameaça a biodiversidade urbana.
O debate faz parte da construção do Plano de Erradicação e Substituição da Leucena, que prevê mapear áreas afetadas, planejar a remoção da espécie, restaurar ecossistemas nativos, proteger a fauna e flora locais, além de promover ações de educação ambiental.
ÁRVORE MILAGROSA?
Autor do projeto de lei que trata do tema, o vereador Francisco Gonçalves, o Veterinário Francisco (União Brasil), explica que o objetivo é construir um plano eficiente e participativo. “A erradicação da leucena é fundamental para proteger nossa vegetação nativa. Essa planta não traz benefício ecológico e ainda prejudica os ecossistemas locais”, afirma.
A leucena tem crescimento acelerado, alta capacidade de reprodução e rapidamente domina áreas, sufocando espécies nativas. Estudos apontam que, onde se estabelece, pode reduzir em até 70% a diversidade de plantas locais, além de alterar completamente a dinâmica do ambiente.
Além da discussão na Câmara, também tramita na Assembleia Legislativa projeto que cria o Programa Estadual de Controle e Combate à Leucena no Pantanal e em áreas de rios e córregos. A proposta prevê mapeamento, controle, recuperação das áreas degradadas e ações de conscientização, sob responsabilidade do governo estadual.
A preocupação com o avanço da espécie já chegou à Justiça. Recentemente, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a Prefeitura de Campo Grande foram condenadas a recuperar uma área degradada na APP (Área de Preservação Permanente) do Córrego Bandeira, invadida pela leucena. A ação foi movida pelo MPMS (Ministério Público Estadual) e pelo MPF (Ministério Público Federal), após obras na Avenida Interlagos provocarem erosão e acúmulo de resíduos na região.