O motorista salvo pela Polícia Militar e Rodoviária de Chapadão do Sul ontem foi mantido refém por cerca de 310 quilômetros sob a mira de uma pistola. Esta é a distância percorrida de Urânia (SP) até o município pelas BR-158 e MS-306. Foram mais de 4 horas de tensão cuja única certeza seria a execução sumária já anunciada pelos dois quadrilheiros que interceptaram o caminhão carregado do agrotóxicos avaliados em cerca de R$ 700 mil. A polícia trabalha agora para prender o restante da quadrilha que descarregou os defensivos na cidade de Paranaíba.
O caminhão estava vazio quando foi interceptado pela Polícia Militar em Chapadão do Sul. Os quadrilheiros dispensaram a pistola quando perceberam a barreira policial. Não foi informado se o caminhão era monitorado via satélite durante a operação que salvou a vida do caminhoneiro, recuperou o veículo e mandou dois bandidos perigosos para a cadeia.
Somente em São Paulo o roubo de caminhões aumentou mais de 30% neste ano e o principal alvo das quadrilhas são cargas valiosas como agrotóxicos. Os ladrões também levam o chamado “cavalo”, a parte da cabine e motor. O destino, quase sempre, são desmanches clandestinos ou entregues no Paraguai ou Bolívia em troca de drogas e armas.
Roubos de caminhões em postos de combustíveis também foram registrados em Chapadão do Sul há alguns anos. O motorista geralmente está dormindo, à espera de carga ou para seguir viagem. Os quadrilheiros quebram o vidro do passageiro, rendem o motorista e começa o sequestro que geralmente termina na morte das vítimas. Tem várias quadrilhas especializadas em cargas, acessórios, pneus ou na recepção do veículo que será levado para o Paraguai ou Bolívia
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