Chapadão do Sul/MS

Bancos recebem multas milionárias pela exploração de idosos com empréstimos – muitas vezes – sem consentimento

       O abuso patrimonial é um dos casos frequentes no rol de crimes contra idosos. Aqueles familiares que só pensam no dinheiro dos pais e avós acabam contando com os bancos como “aliados”. Instituições financeiras atacam de todos os lados oferecendo empréstimos e, muitas vezes, os parentes pegam o dinheiro, mas não pagam as parcelas.

Os bancos vão além. Na segunda-feira (14), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que “multou o Banco Cetelem S.A em R$ 4 milhões por fraudes financeiras como oferta abusiva e contratação de empréstimos consignados com a utilização indevida de dados pessoais de consumidores idosos”. Em maio, o Banco Pan foi multado em R$ 8,8 milhões pelo mesmo motivo, segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

Já ocorreu até de o banco depositar dinheiro na conta sem o consentimento do correntista. O caso aconteceu com o avô da presidente do Conselho Estadual do Idoso de Mato Grosso do Sul, Lílian Veronese.

“O banco depositou um valor que não foi solicitado. O assédio das operadoras de cartão também é insuportável. Hoje, elas colocam um limite que a pessoa acaba usando sem saber. Com essa pandemia, os idosos acabam sendo arrimo de família. Cerca de 85% dos idosos moram com pessoas que não trabalham e acabam usando o dinheiro do idoso sem autorização. Fazem empréstimo e não pagam. Muitas vezes, isso não entra na estatística, porque as pessoas têm receio de denunciar seus próprios familiares, mas já conversei com muitos nessa situação”, conta Lilian, que também é presidente da Comissão dos Direitos dos Idosos da OAB-MS.  (Campo Grande News)

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também