Os deputados aprovaram o Projeto de Lei 19/2023, de autoria do deputado Jamilson Name (PSDB), que torna ilegal, produzir, distribuir, comercializar e extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, o MMS (Mineral Miracle Solution – solução mineral milagrosa – tradução livre) no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul.
De acordo com Jamilson Name a solução é composta por clorito de sódio 28% e um ativador, em geral ácido clorídrico 4%. “Juntos, eles formam o dióxido de cloro, um alvejante altamente corrosivo, em que a ingestão pode causar sérios danos, inclusive insuficiência renal, gastrites e úlceras graves. Apesar da gravidade desses riscos, familiares de pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), têm sido assediados e ludibriados com anúncios de má-fé, que prometem a cura milagrosa para essa condição neurológica”, explicou o deputado.
Pais de crianças com transtorno do espectro autista têm sido assediados em grupos de WhatsApp por vendedores da solução que teria a capacidade de cura: o MMS, substância vendida como medicamento é muito parecida com a água sanitária usada como alvejante.
A solução é composta por clorito de sódio 28% e um ativador, em geral ácido clorídrico 4%. Juntos, eles formam o dióxido de cloro, muito usado pela indústria de celulose para descolorir a polpa da madeira para fazer papel.
Criado pelo americano Jim Humble, ex-membro da Cientologia e fundador de uma igreja, o produto já é conhecido desde o fim da década de 1990. O americano alega ter curado amigos garimpeiros que pegaram malária e a partir daí, utilizado a solução para tratar diferentes tipos de câncer, aids, hepatite, trombose, autismo, entre outras doenças.
