Chapadão do Sul/MS

AGOSTO LILÁS – Pelo menos seis mulheres foram mortas pelos companheiros nos últimos 14 anos em Chapadão do Sul. Até quando?

  Nos últimos 14 anos pelo menos seis mulheres foram assassinadas pelos companheiros em Chapadão do Sul. Sob a denominação de Feminicídio são três casos em dois anos com mortes à pauladas, facadas e a último no aguardo do Laudo Pericial que ainda não foi divulgado após o corpo ser desenterrado de uma vala rasa, na zona rural. Estas reportagens são deprimentes, mas retratam o grau de violência do ser humano contra – principalmente – mulheres que precisam vir à tona. Muitas apanham silenciosamente por anos a fio como nesta semana pela recusa de fazer sexo com o companheiro. Isso mesmo, levou até soco na boca por não estar disposta naquele momento. (Foto / Governo do Estado)

A Polícia Militar foi acionada para atender este caso de Violência Doméstica e foi necessário o uso de força para conter o agressor. A truculência contra os PMs certamente é mais brutal em relação à mulher que não pode se defender. Além do soco na boca foi ameaçada de morte pela recusa de manter relações sexuais. Algumas seguem sendo massacradas entre quatro paredes, quando não são assassinadas.

Os relatos policias de arquivo relatam mortes brutais em Chapadão do Sul nestes últimos 14 anos como companheira queimada após ter sido morta. Estas notícias caem no esquecimento, mas quando mais uma vítima é assassinada  a sociedade fica revoltada como a jovem que teve as vestes empapada de gasolina a mando do ex nas imediações da Escola Estadual Augusto Krug Neto. Ela morreu na Santa Casa em Campo Grande com queimaduras de terceiro grau alguns dias depois.

Outra recebeu um tiro desferido pelo marido que acabou se suicidando logo a seguir e outra morta à pauladas dentro de casa pelo companheiro que está preso e possui longa ficha de antecedentes por Violência Doméstica. No Parque União uma dona de casa e sua mãe foram atacadas à facadas. Ela morreu e a sogra sofreu um AVC e também faleceu alguns meses depois.

O último caso se deu na semana passada quando o corpo de  Elisiane Ferreira da Silva Alves foi localizado numa cova rasa nos fundos da antiga  Fazenda Campo Bom. O homem preso como autor deu várias versões controversas sobre o mesmo caso e chegou até inventar um personagem fictício como o autor do Feminicídio à pauladas numa rua movimentada da cidade.  Os relatos são duros, mas projeta sempre uma próxima vítima de homens covardes e agressivos. Estamos em pleno Agosto Lilás, onde todos os municípios brasileiros articulam campanhas e políticas públicas para aumentar os níveis de proteção social das mulheres.

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