Chapadão do Sul/MS

DEMORA do IML na liberação de corpos para sepultamento em Chapadão do Sul ainda revolta familiares e amigos.

A demora da chegada dos peritos e a morosidade dos serviços do IML de Paranaíba continuam aumentando o sofrimento dos familiares que perderam entes queridos em circunstâncias trágicas em Chapadão do Sul. Até às 9hs40 (oficial) da manhã de hoje algumas pessoas reclamavam que o corpo do operário João Bosco Januário Júnior (20), assassinado por volta as 12horas de ontem, no Pólo Industrial, ainda não tinha retornado ao município para o sepultamento. Os técnicos levaram mais de quatro horas para chegar no local do crime. Depois disso o corpo ainda foi levado até Paranaíba para que o legista fizesse seu trabalho para emissão do atestado de óbito.

A dolorosa burocracia que dura anos já poderia ter sido amenizada com a construção de um IML no município. Paranaíba está localizada há 200 quilômetros de Chapadão do Sul. Normalmente são consumidas cerca de 20s40 no deslocamento, caso os peritos não estejam atendendo outra ocorrência pela região. Segundo informações de empresa funerária do município estes profissionais possuem até 7 horas de tolerância devido à demanda dos atendimentos.

Para agilizar o sepultamento o trabalho deve ser todo sincronizado. Os peritos chegam e liberam a área, uma empresa funerária pega o corpo e faz o translado para Paranaíba após a Polícia Civil liberar a documentação. A seguir um legista examina o corpo para emissão do atestado de óbito. Somente após estes procedimentos e uma viagem de volta, é possível acabar com o sofrimento e providenciar o sepultamento, caso uma das etapas não atrase as demais.

No ano passado amigos e parentes de Lírio Simão também passaram por esta triste experiência porque o corpo ficou estendido no asfalto por quase cinco horas, após a morte instantânea num acidente no Parque União. Pelo mesmo sofrimento passam crianças e adolescentes vítimas de violência sexual que são obrigadas a longas e cansativas viagens a Cassilândia ou Paranaíba em busca de laudos técnicos solicitados pelo Poder Judiciário Alguns técnicos avaliam que o deslocamento é um sofrimento adicional às vítimas.

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