Está sendo mantido no absoluto sigilo os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga denúncia de corrupção envolvendo o ex-secretário de Finanças de Chapadão do Sul, Altair Bevilácqua. A presidente da Câmara (Rosimari Cruz) e a da CPI (Sônia Maran) ainda não se manifestaram publicamente sobre o assunto. O assunto é tratado sob ?segredo de justiça? e seus desdobramentos não podem ser detalhados nem á imprensa neste momento. Na tarde de hoje Bevilácqua saiu da delegacia de Polícia Civil, onde está preso, e foi conduzido ao Forum para uma audiência. O deslocamento foi acompanhado por um forte esquema de segurança.
Em janeiro deste ano a Câmara aprovou a criação da CPI para investigar denúncia de corrupção no Poder Executivo motivados pela prisão de Altair Beviláqua, no centro da cidade, nas imediações do antigo Hospital Municipal por agentes do Gaeco (Grupo e Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O caso foi acompanhado pelo Ministério Público através do promotor Marcus Vinícus Tieppo Rodrigues. O ex-secretária foi pego com dinheiro que ? segundo a promotoria ? era o resultado de pagamento de propina de um construtor.
A prisão teve o efeito de um bomba nos bastidores da atual administração pelo gigantesco desgaste junto á opinião pública. O prefeito Luiz Felipe Magalhães agiu rápido e exonerou Altair Bevilácqua como resposta à sociedade. A demissão e a criação da CPI foram os últimos fatos públicos deste rumoroso caso. Muitas pessoas cobram – insistentemente – informações sobre a atuação isolada do ex-secretário ou o envolvimento de outras pessoas.
Os sorteados para compor a CPI foram Sônia Maran, Alírio Bacca, Wagner Inácio e Prainha como suplente. Os membros da comissão possuem 12 dias para a conclusão dos trabalhos com a possibilidade de prorrogação de mais 60 dias. Eles receberam cópias de todos os documentos que estavam em poder do Ministério Público, inclusive gravações de áudio feitas a partir de escutas autorizadas pela justiça.