Tirar cães das ruas de Chapadão do Sul e levá-los para um canil municipal em condições sanitárias ideais fazem parte de políticas públicas de saúde que ainda não foram resolvidos no município em várias administrações que se sucederam. Os animais estão em acomodações longe das ideais, num ambiente infectado e com alto índice do mortalidade. Ontem (quarta-feira) integrantes de uma ONG custearam o medicamento prescrito e levaram o veterinário para sacrificar um animal jovem que não tinha mais chances de sobreviver. Um dia antes (terça-feira) três deles haviam morrido no local.
Na manhã de hoje a Secretária de Governo, Tânia Francine, não se omitiu em discutir o problema e chamou o funcionário do canil, Sérgio Pereira dos Santos, e a assessora jurídica Fernanda Líber Córdova Cabrera para anunciar à imprensa medidas que serão tomadas para encaminhar uma solução para o este problema. As informações repassadas à secretária pelo responsável técnico do canil, Luiz Torres, confirmam que os animais são bem alimentados, o local dispõe dos medicamentos necessários e a situação está normal.
Segundo Tânia Francine, a Lei do Chip já recebeu os últimos ajustes e sairá do papel em breve. A iniciativa pretende identificar todos os animais, inclusive os de ruas para possibilitar a identificação dos proprietários e impor-lhes responsabilidades. Na próxima semana serão anunciadas as medidas para resolver definitivamente a questão da acomodações de cães em Chapadão do Sul.
Além de destacar a conclusão do projeto do novo canil, a secretária confirmou as tratativas de encaminhamento de parcerias, cujos detalhes ainda não foram revelados. Ela também chamou a atenção dos proprietários que deixam os animais soltos ou simplesmente os abandonam nas ruas ou no portão do próprio canil. A falta de responsabilidade destes cidadãos é a ponta da iceberg de um grave problema de saúde pública em Chapadão do Sul. Na próxima semana Tânia Francine deverá se manifestar novamente sobre o caso já com informações atualizadas sobre a possibilidade da formatação do novo modelo de canil.
VOLUNTáRIOS Na tarde desta quarta-feira voluntários de uma ONG que atua na remoção de animais de rua cuidavam dos cães mais debilitados. Um deles levou três para casa onde eles receberão medicamentos prescritos por um veterinário e serão monitorados antes de voltaram ao canil. Segundo eles, os animais estão doentes (filhotes e adultos), com parasitas e – provavelmente contaminados com a doença do carrapato, possível responsável pelos óbitos. Eles já elaboraram um relatório fotográfico encaminhado ao Ministério Público.
