Chapadão do Sul/MS

BR-163 é bloqueada em 4 cidades do MT. Mil cruzes são colocadas no acostamento

Empresários, produtores rurais, transportadores e políticos de 1º municípios das regiões norte e médio-norte de Mato Grosso fecharam por uma hora trechos da BR-163 em Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. Em Sorriso, cerca de mil cruzes foram colocadas à beira da estrada, simbolizando a quantidade de acidentes e mortes que ocorrem na rodovia a cada ano. O bloqueio da BR em Sorriso começou às 1º horas. Em Lucas do Rio Verde, foi por volta das 1º horas. Em Nova Mutum os manifestantes iniciaram o protesto ao meio-dia na MT-205, no trevo de acesso à Santa Rita do Trivelato. Sinop não aderiu ao movimento. O presidente da associação comercial local, Rodolpho Mello, justifica que não concorda com o manifesto.

O protesto teve como objetivo pressionar o governo federal a recuperar e duplicar a rodovia. O trânsito pesado e as péssimas condições de tráfego ferem e matam em grandes proporções. Segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Sorriso (Aces), em 201ºforam registrados na BR-163 um total de 1º207 acidentes, com 300 mortes e 550 feridos graves.

Somente no trecho da BR-163 a partir do Posto Gil até os limites com o Pará concentram-se 50% da produção de grãos de Mato Grosso. A intenção do governo federal é privatizar a rodovia no trecho de 820 quilômetros entre Sinop e a divisa Mato Grosso do Sul. A concessão de 20 anos para a iniciativa privada, com cobrança de pedágio, pode acontecer ainda em 201º.

O prefeito Dilceu Rossato decretou ponto facultativo em Sorriso e prestigiou o protesto. Ele destaca que os municípios do norte de Mato Grosso vivem do agronegócio, mas enfrenta vários problemas devido à falta de infraestrutura. ?Enfrentamos várias barreiras que causam prejuízos graves à nossa economia. Nós temos que resolver isso. E as saídas são a duplicação da rodovia, do acesso aos portos do Pará e investimentos em ferrovia e hidrovia?, aponta.

Rossato lembra que cerca de 40% da produção brasileira se perde nas estradas cheia de buracos. ?O nosso milho chega ao porto de Paranaguá custando R$ 20, sendo que R$ 20 se refere ao custo do frete, restando apenas R$ 7 como lucro para o produtor. A mesma coisa acontece com a soja?, informa o prefeito de Sorriso.

A presidente da Aces, Neiva Dalla Valle, diz que o objetivo não foi prejudicar os transportadores, mas ajudá-los a ter uma rodovia melhor para todos. ?Nossa meta foi chamar a atenção do governo federal para a precariedade da rodovia. Apenas cobramos uma solução definitiva. Não aceitamos mais os tapa-buracos?, destaca. (20hsnews)

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