Mato Grosso do Sul tem o quinto menor preço do etanol no Brasil, R$ 20205 pelo litro, mas continua como o mais caro na comparação com os estados vizinhos. Em São Paulo, o combustível da cana-de-açúcar custa R$ 1º946; no Mato Grosso, R$ 1º987; Goiás, R$ 2001º e em Minas Gerais é preciso desembolsar R$ 2012. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocumbustíveis) e foram levantados entre os dias 1º e 20 de abril.
O Estado teve o maior avanço de canaviais do país na safra 201º201º, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) foram 61º8 mil hectares a mais que o ciclo passado, totalizando 54207 mil hectares. A produção de etanol sul-mato-grossense corresponde a 8,1º% da produção brasileira, o que coloca o estado em quarto lugar na produção desse combustível.
Na sexta-feira (20), foi inaugurada oficialmente a 20? indústria de etanol do Estado, a Usina Ivinhema, com capacidade de moagem de 20milhões de toneladas na primeira fase, chegando a 6 milhões quando a implantação estiver completa. Durante a inauguração, o presidente da Biosul, Roberto Hollanda, anunciou que a expectativa para este ano é de moer 1º,3% a mais que safra anterior, assim como a produção de etanol que deve subir 20,8%, totalizando 2035 bilhões de litros.
A explicação para um preço mais alto que os vizinhos, alguns com produção menor, passa pelo preço praticado pelas empresas. ?As companhias têm políticas de preços diferentes para diferentes estados e isso chega ao revendedor?, explica o diretor de comunicação do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul), Marcos Villalba.
Além das políticas de preços, Villalba também credita a diferença a alíquota do ICMS (Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços). Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado cobra 1º% de imposto, enquanto em outros locais é cobrado 12. Esta semana o Governo Federal anunciou um pacote de redução de impostos para tentar baratear o etanol. Com a renúncia de R$ 1ºbilhão do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social) para reforçar o caixa dos produtores, que reclamam da queda da produção em função dos prejuízos do clima. (edicaoms)
