Há vários anos que o IDH (índice de Desenvolvimento Humano) de Chapadão do Sul vem sendo repetido em discursos desconexos como se toda a população tivesse acesso aos meios necessários para uma avaliação precisa. Problemas relacionados à educação e questões culturais nunca receberam a atenção merecida. Basta um acompanhamento diário do árduo e cansativo trabalho dos funcionários do Sandrin para constatar que ainda estamos longe da civilidade que deveria nortear uma sociedade elogiada constantemente pelo seu poder econômico. Duas trabalhadoras foram acionadas para remover um monte de areia na pista da movimentada avenida Oito e acabaram encontrando um cão morto.
Animais mortos jogados no centro da cidade incrivelmente fazem parte do cotidiano de uma Chapadão do Sul que seus cidadãos não conhecem ou ignoram. Um cão ?enterrado? em plena Avenida Oito destoa do conceito de cidade progresso. Cobras (muitas venenosas), escorpiões, aranhas e todo o tipo de inseto fazem parte da rotina dos trabalhadores do Sandrin que executam com dignidade e afinco a tarefa que lhes fora atribuída.
Na terça-feira todos os entulhos da rua D, no bairro Esperança, foram completamente removidos. Na quarta sofás, cadeiras e eletrodomésticos já estavam novamente depositados em via pública. Enquanto o atual prefeito e sua equipe buscam a fórmula ideal para dar à população sul-chapadense a administração que ela merece alguns problemas ainda precisam ser enfrentados com mais intensidade enquanto os abnegados trabalhadores da limpeza ?enxugam gelo?.
A falta de educação está entre os desafios a serem enfrentados. O cidadão que foge á sua responsabilidade não tem o direito de reclamar de nada enquanto carregar a pecha de ?relaxado?. Durante toda a quinta-feira uma equipe de homens e mulheres da Sandrin podavam galhos que encostavam na fiação elétrica da rua I. O serviço rendeu dois caminhões carregados com entulhos. O cenário de pessoas recolhendo entulhos contrasta com o e-mail enviado pela psicóloga katiusce Nogueira.
Ela destacou o trabalho de limpeza urbana, mas alertou sobre a contra partida dos cidadãos. Eles sãos os maiores interessados e os que mais reclamam. Jogam entulhos nas ruas, nas esquinas e em terrenos baldios numa demonstração de total falta de educação e civilidade. Um sofá na rua D, no Bairro Esperança, virou notícia em toda a cidade por semanas. Os cidadãos que cobram regularidade do recolhimento de lixo e dos entulhos são os mesmos que jogam mobília na calçada.