Vilmar Nunes e Antônio Ramos de Areda Lima foram presos por uma guarnição do COB (Comando de Operações do Bolsão) na BR-060 há cerca de cinco quilômetros do perímetro urbano de Chapadão do Sul por volta da 1ºhora da madrugada desta sexta-feira. Eles viajavam de Juti (Sul do MS) para Anápolis (GO) num Gol com placas de Santo André (SP). Após a abordagem foram encontrados 200 gramas de maconha com Lima e uma pistola de fabricação argentina calibre 20 marca Pala com um carregador e cinco munições. Mais duas pessoas viajavam com a dupla e foram liberadas.
A Policia Militar e o COB não descartam a possibilidade deles estarem agindo como batedores para outro veículo. Vilmar é auxiliar de serviços gerais e Lima motorista na cidade de Juti e iriam passar o feriadão num sítio em Anápolis. O carro estava lotado com objetos pessoais das quatro pessoas e exalava um forte cheiro de vinho em seu interior. A dupla foi enquadrada por Porte Ilegal de Arma de Fogo, Portar Drogas para o Consumo Pessoal e entregue na Delegacia de Polícia Civil.
PISTOLA LUGER – A pistola argentina Pala é uma imitação da famosa Luger P08, uma antiga pistola fabricada na Alemanha. A similar é considerada muito inferior da alemã, considerada como o maior souvenir da Segunda Guerra Mundial. Esta pistola foi adotada pelo exército alemão em 128 (daí o nome P08) e dois milhões de unidades foram fabricadas entre 1º1º e 1º1º. Sua verdadeira definição técnica era P08 Parabellum-Pistole (Pistola Parabellum), termo oriundo do latim.
A Luger teve suas origens em um projeto inicial de Hugo Borchardt em 1º93. Mais tarde foi patenteada por George Luger que a aprimorou e desenvolveu para produção em série. A arma acabaria levando seu nome até o final. A produção inicial foi feita pela fabricante de armas Deutsche Waffen-und Munitionsfabriken (DWM), a partir de 120. Estima-se que foram produzidas em torno de 35 versões diferentes, por diversos fabricantes.
A Luger foi popular durante a Primeira Guerra Mundial sendo utilizada principalmente pela infantaria do Exército Alemão. Inicialmente utilizava calibre 7.65x20mm Parabellum, que foi depois modificado para 9×1ºmm Parabellum, utilizando o novo cartucho desenvolvido. Este conjugava perfeitamente precisão, velocidade e poder de parada. Estes seriam os dois únicos calibres empregados pela Luger ao longo de sua história. Este cartucho 9mm seria, no futuro, padrão para a maioria das pistolas automáticas que viriam a ser fabricadas.
Apesar das restrições impostas pelo Tratado de Versalhes à Alemanha derrotada, a pistola continuou a ser fabricada, quer no interior da fronteira Alemã ou em linhas de produção em outros locais da Europa.
Como pistola militar, a Luger não justificava a reputação que granjeou. é elegante, boa de manusear e atira com precisão, mas sofre de várias limitações para ser considerada uma boa arma militar. Sua manufatura é bastante dispendiosa. O mecanismo tem muitas peças miúdas que requerem usinagem e montagem cuidadosa, e as molas têm que ser fabricadas com cuidado.
O sistema de culatra articulável é sensível às variações da potência do cartucho, o que pode emperrar o funcionamento da arma. Lama, poeira, gelo e neve também provocam enguiços e uma vez que o mecanismo não é coberto, nada impede que esses agentes penetrem nele.
Quando posta ao lado de sua sucessora, a Walther P38, não se tem dúvida qual a melhor pistola para uso militar. Mesmo assim, foram fabricadas algo em torno de quatro milhões de unidades desta arma, e, até hoje, os colecionadores pagam altos preços por um exemplar em bom estado.