Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo pela frente do que já experimentei.
Sinto-me como uma criança que recebeu um saco de doces: ela gastou um pouco dos primeiros, mas quando percebeu que restavam apenas alguns, começou a saboreá-los mais intensamente.
Não tenho mais tempo a perder com pessoas absurdas, com aquelas que, apesar da idade, não amadureceram.
Meu tempo é valioso demais para desperdiçar energia com argumentos inúteis, orgulho estéril e superficialidade.
Estou buscando a essência, porque minha alma está com pressa e restam poucos doces na minha bolsa…
Quero viver ao lado de pessoas autênticas,
que sabem rir dos próprios erros,
que não se enchem de orgulho pelos sucessos,
que não fogem de suas responsabilidades.
Quero caminhar com aqueles que defendem a dignidade humana,
que acredita na verdade e na honestidade.
O essencial: é isso que dá sentido à vida,
o que o torna bonito e precioso.
Quero me cercar de pessoas capazes de tocar meu coração,
daqueles que, através das provações da vida, suavizaram a alma em vez de endurecê-la.
Sim, estou com pressa.
Tenho pressa de viver com essa intensidade que só a maturidade pode dar.
Não quero desperdiçar nenhum dos doces que me restam.
Sei que ficarão ainda mais deliciosas do que as que já experimentei.
Meu objetivo é chegar ao fim em paz,
com o coração tranquilo, cercado das pessoas que amo e em harmonia com minha consciência.
Dizem que temos duas vidas,
e a segunda começa quando percebemos que só temos uma.
Estou na minha segunda vida.
E não tenho mais tempo para nada além da felicidade.
(Foto homônima do título, apenas ilustrativa da editora Pragmatha)
