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Diante do anúncio dos Estados Unidos de aplicação de novas tarifas a produtos de diversos países, incluindo o Brasil, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, se manifestou com um apelo à estratégia e ao planejamento por parte do governo brasileiro.
Confira a íntegra da declaração do senador:
“A decisão dos Estados Unidos de aplicar novas tarifas a produtos de diversos países, incluindo o Brasil, exige atenção — mas, sobretudo, exige estratégia.
Mais do que uma resposta pontual, o Brasil precisa fortalecer sua política de comércio exterior, com base em planejamento, previsibilidade e inteligência. Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, tenho defendido que o Congresso Nacional participe ativamente da construção dessa estratégia, junto ao Executivo e ao setor produtivo.
Já aprovamos projeto importante: a reciprocidade econômica. Esse projeto é um marco, mas não é suficiente. É preciso dar continuidade a esse movimento com seriedade e visão de longo prazo. Não se trata apenas de contestar medidas alheias — trata-se de reorganizar a casa e entender como cada decisão internacional pode impactar nossas exportações, produto por produto, setor por setor.
A vice-presidente da CRE, senadora Tereza Cristina, tem levantado um ponto crucial: não podemos aceitar que o produtor brasileiro seja sempre o elo mais frágil dessa cadeia global. E é com esse espírito que propomos uma revisão estratégica da nossa política de comércio exterior.
A taxação imposta agora pelos Estados Unidos é um sinal dos tempos. Mostra que até mesmo grandes potências estão reavaliando suas vulnerabilidades. E se os EUA estão revendo seus acordos e práticas comerciais, o Brasil também precisa fazer o mesmo — de forma propositiva, técnica e articulada.
A Comissão de Relações Exteriores está pronta para liderar esse debate. Estamos propondo, inclusive, uma missão parlamentar aos Estados Unidos para dialogar diretamente com o Congresso americano, em busca de equilíbrio e cooperação.
Projetos como a Rota Bioceânica também fazem parte dessa visão de futuro. Eles fortalecem nossa autonomia, ampliam nossas opções logísticas e reduzem nossa dependência de mercados únicos. Isso é política externa com responsabilidade.
Este não é um momento para reações intempestivas. É hora de arrumar a casa e agir com inteligência. O mundo está mudando — e o Brasil precisa estar preparado.”