“O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.
Líbero Badaró, como era mais conhecido, era um oposicionista ao imperador D. Pedro I e foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que focava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo monarca. Badaró era defensor da liberdade de imprensa e morreu em virtude de suas denúncias e de sua ideologia que contrariava os homens do poder.
Jornalistas podem ser os principais alvos quando estão trabalhando em zonas de conflito. Por divulgarem informações essenciais em campo e revelarem histórias de atrocidades e crimes de guerra, jornalistas podem estar em risco por causa daqueles que querem esconder os fatos sobre o conflito, disse Abeer Saady, instrutora e especialista de mídia em áreas de conflito, durante um webinar recente do Fórum Pamela Howard de Reportagem de Crises Globais do ICFJ.
“Durante um conflito, a verdade é a primeira vítima”, disse Saady.
É uma possibilidade muito real jornalistas desaparecerem, serem detidos ou perderem suas vidas enquanto trabalham em um conflito. Isso é observado não só durante a invasão da Rússia à Ucrânia, mas também em outros conflitos no mundo. Ao mesmo tempo, alguns jornalistas estão sob risco ainda maior por causa de sua identidade, como gênero ou etnia, em uma determinada zona de conflito, disse Saady. Com jornalistas se tornando correspondentes do conflito da noite para o dia na Ucrânia, por exemplo, é importante que eles tomem medidas para proteger seu bem-estar físico, digital e mental.