Chapadão do Sul/MS

EDUCAÇÃO – MI mi mi X Responsabilidade. Professores e alunos limpam salas de aula no Japão

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           Enquanto no Brasil, escolas que “obrigam” alunos a ajudar na limpeza das salas são denunciadas por pais e levantam debate sobre abuso, no Japão, atividades como varrer e passar pano no chão, lavar o banheiro e servir a merenda fazem parte da rotina escolar dos estudantes e dos professores do ensino fundamental ao médio. Em Chapadão do Sul – por exemplo – há pedidos de instalação de Escola Cívico Militar  cuja principal alegação é a busca da disciplina desde a infância. Tudo é muito complexo quando o assunto é a educação e cada país tem suas características. Ajudar na limpeza da escola diminui um professor? É um abuso contra alunos e vai impedir se serem grandes médicos, advogados, cientistas?

Claro que podemos afirmar peremptoriamente que não estamos no Japão. Por outro lado gostaríamos de estar no nível deles no quesito organização social e tecnológica. Há um abismo colossal em desenvolvimento do Gigante Brasil e a pequena ilha japonesa. Portanto não há comparações entre as duas sociedades. Mas qual o caminho que queremos que nossos  filhos trilhem. Isso também é outra decisão pessoal de cada família e seus modelos de educação.

No Japão o aluno não estuda apenas as matérias, mas aprende também a cuidar do que é público e a ser um cidadão mais consciente. Ninguém reclama porque sempre foi assim. Nas escolas japonesas também não existem refeitórios. Os estudantes comem na própria sala de aula e são eles mesmos que organizam tudo e servem os colegas.

Depois da merenda é hora de limpar a escola. Os alunos são divididos em grupos e cada um é responsável por lavar o que foi usado na refeição e pela limpeza da sala de aula, dos corredores, das escadas e dos banheiros num sistema de rodízio coordenado pelos professores que também participam. Crescem ganhado responsabilidades e desafios. 

Michie Afuso, presidente da ABC Japan, organização sem fins lucrativos que ajuda na integração de estrangeiros e japoneses, diz ainda que a obrigação faz com que as crianças entendam a importância de limpar o que sujou. Um reflexo disso pôde ser visto durante a Copa do Mundo no Brasil, quando a torcida japonesa chamou atenção por limpar as arquibancadas durante os jogos e também nas ruas das cidades japonesas, que são conhecidas mundialmente por sua limpeza quase sempre impecável.

“Isso mostra o nível de organização do povo japonês, que aprende desde pequeno a cuidar de um patrimônio público que será útil para as próximas gerações”, opina.

Intenauta e G1

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