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O ano letivo começará sem celulares em sala de aula em Chapadão do Sul? O município saiu na frente em MS aprovando o Projeto de Lei nº 180/2024, de autoria do presidente do Poder Legislativo, Vereador Mika, que “regulamenta o uso dos aparelhos e dispositivos tecnológicos nas unidades escolares do Município”. Logo a seguir a Assembleia Legislativa também aprovou lei similar em MS. Já o Senado Federal deferiu o Projeto de Lei nº 4.932/2024, que também restringe o uso de celular e outros aparelhos eletrônicos portáteis em escolas públicas e privadas em todo o País.
A forma de regulamentação será alinhavada de forma definitiva pelo vereador Mika em reunião com o prefeito Walter Schlatter, o vice-Defensor Ernany, secretário de Educação, diretores de Escolas e professores. Os pais deverão ser ouvidos neste processo. Logo que o projeto de lei foi aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Poder Executivo muitos responsáveis pelos alunos se manifestaram positivamente em relação à iniciativa.
Afinal, celulares e redes sociais em sala de aula causam déficit de atenção? A tecnologia deve e pode ser usada como ferramenta de trabalho em sala de aula. Mas sem regulação tira a atenção e afeta em pelo menos 20% de forma negativa nas notas finais segundo estudo da universidade americana de Harward.
Um estudo da universidade americana de Harvard mostrou que alunos que não utilizam seus dispositivos durante as aulas têm um desempenho significativamente superior em termos de compreensão e retenção de conteúdos. Segundo o trabalho científico as distrações digitais estão ligadas diretamente ao desempenho com o uso contínuo de celulares. Essa realidade pode ser vista em diversos países como nos Estados Unidos onde o levantamento aponta que o uso frequente das redes sociais durante o período escolar contribui para uma redução de 20 % nas notas finais.
Relatórios recentes da Unesco de 2023 evidenciam que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos está associado ao aumento de níveis de ansiedade e estresse, particularmente entre adolescentes. Pode comprometer não apenas o desempenho acadêmico mas, também, o bem estar geral dos alunos. Estudo reconhece a importância de celulares para determinados fins pedagógicos e situações especiais como no caso de alunos com deficiência ou necessidades médicas. Nestes casos cabe a supervisão e controle de professores.
A tecnologia deve ser usada como ferramenta de apoio ao ensino. Políticas semelhantes já foram implementadas com sucesso em diversos países como a França desde 2018. O uso de celulares em escolas primárias foi restringido com o objetivo de melhorar o desempenho de alunos. Da mesma forma no Reino Unido com resultados positivos.
A proposta não objetiva proibir o uso da tecnologia nas escolas mas garantir seu uso seja efetivo e controlado, alinhado á políticas pedagógicos. A medida busca melhor contribuição para o ambiente de aprendizado mais disciplinado produtivo e focado, beneficiando diretamente o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos.