é inegável que Chapadão do Sul passa por uma crise política devido à disputa acirrada dos grupos que estão estabelecidos em torno do poder. A queda de braço afeta o cotidiano de todos os cidadãos e abala o equilíbrio emocional de agentes públicos. O momento – às vezes – afeta a capacidade coletiva de notar iniciativas sociais consideradas ?boas?. A Comunidade Terapêutica Gileade se enquadra na exígua relação de ações humanitárias em Chapadão do Sul que chamam a atenção no Brasil. A entidade foi a escolhida para receber a visita dos ?Caçadores de Bons Exemplos? ontem.
Eles conheceram as instalações da Gileade e foram informados sobre o trabalho de recuperação de dependentes químicos em Chapadão do Sul. Há mais de dois anos casal de Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, resolveu abrir mão da vida cômoda na cidade para poder viajar pelo mundo em busca boas histórias e bons exemplos. “Chega de notícias ruins”, é assim que pensou Iara e Xavier. A história é tão interessante que foi mostrada numa edição especial do Fantástico. Eles já passaram por 1º estados brasileiros mostrando boas histórias de pessoas que fazem a diferença onde vivem. “Vendemos nosso apartamento e saímos em uma viagem de 5 anos pelo mundo, em busca de bons exemplos. Pessoas que fazem a diferença na comunidade que vivem executando algum projeto social.
Acreditamos que existem muito mais ações positivas do que ações negativas no mundo. Por isso, nosso objetivo é sensibilizar as pessoas contando as histórias que encontramos durante essa viagem”, contou Iara. Os dois aventureiros já percorreram boa parte do país e eles têm planos de saírem do Brasil. “Já percorremos Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia e agora Chapadão do Sul (MS). São mais de 1º20005 quilômetros percorridos por terra, água e ar em 320meses”, ressaltou.
As viagens são todas por conta do casal, eles não recebem incentivo financeiro e nem patrocínio. “Além disso, não temos nenhum vínculo religioso ou político, queremos apenas plantar uma sementinha do bem nos corações das pessoas. Embarquem com a gente nesta grande viagem do bem” acrescentou Iara.
GILEADE ? Em setembro de 201ºa Comunidade Terapêutica Gileade homenageou pessoas que fizeram a diferença e contribuíram para que os seus semelhantes tenham a chance de se livrarem das drogas. Na ocasião, o encontro teve as participações de autoridades municipais, de cidadãos filantrópicos e da imprensa. Quase dois anos depois a entidade ampliou seu leque de ações e já chama a atenção positiva fora do estado.
Neste período foram vários os testemunhos de dramas pessoais e familiares causados pela dependência química, tendo na Gileade a última possibilidade de abrigo. A situação do dependente químico no Brasil pode ser comparada à uma ?batata quente? que ninguém quer pegar. A frase retrata com perfeição como estas pessoas são vistas pela sociedade. (Fonte Cesar Rodrigues e G1º
