Chapadão do Sul/MS

Manobra do líder do Executivo adia sessão extraordinária que votaria CPI da Corrupção em Chapadão do Sul

A primeira sessão legislativa de 201º ? programada desde 201º ? não será mais realizada nesta segunda-feira. A convocação de caráter extraordinário tinha como objetivo a votação da ?CPI da Corrupção? com o propósito de investigar a denúncia de recebimento de propina do ex-secretário de Finanças de Chapadão do Sul (Altair Bevilácqua) e seus desdobramentos na esfera policial e no judiciário. Fontes do legislativo confirmaram o adiamento e apontaram o vereador Abel Lemes como o responsável pela mudança da data. Ele teria se recusado a assinar o documento de realização da sessão baseando-se em artifícios previstos no regimento interno.

Na tarde de sábado, logo após o site ocorreioews.com.br publicar esta informação, ligamos para Abel Lemes que estranhamente negou ter conhecimento do adiamento da sessão. Já fontes da Câmara de Vereadores confirmaram que ele se apegou a itens do Regimento Interno e criou um embaraço administrativo que acabou impedindo a realização do encontro. Neste domingo a vereadora Sônia Maran também confirmou que a ação do colega foi preponderante para a suspensão da sessão. Ela acompanhou toda a delonga e os entraves colocados por Lemes mas não teve êxito para evitar o adiamento.

Abel Lemes é líder do governo na Câmara e já mostrou competência para dificultar as ações da oposição no Legislativo. Informações dos meios políticos destacam que se a denúncia de corrupção envolvendo o ex-secretário é mesmo um fato isolado não há motivos para atrapalhar o andamento da CPI. Segundo fontes as assinaturas para a abertura da comissão já estariam asseguradas, mas a expectativa maior é o sorteio dos cargos da comissão, principalmente quem será o presidente.

O tumulto – baseado no Regimento Interno – marca a queda de braço entre situação e oposição no Legislativo, mas apenas adiará para quarta-feira a sessão extraordinária, tempo considerado insuficiente para mudanças estratégicas. Ainda não são conhecidas as posições de todos os vereadores neste caso. Paulo Quaranta (situação) está no Rio de Janeiro e o posicionamento de todos ainda é desconhecida.

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