A Câmara de Vereadores deixou para 201º a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e o início dos trabalhos de investigação parlamentar do caso de corrupção envolvendo o ex-secretário de Administração e Finanças, Altair Bevilácqua. O ano legislativo será antecipado para o dia 1º de janeiro, quando será realizada uma sessão extraordinária de sorteio dos integrantes da CPI, incluindo a definição dos cargos de relator e presidente, os mais importantes. O recesso se encerra num clima de melancolia e já está sendo projetado um ano sem projeções auspiciosas.
O prefeito Luiz Felipe Magalhães terá que se superar ? recomeçar – e mostrar que é capaz de transformar o ?limão em limonada?. Apesar do seu empenho pessoal em achar o ?norte? de sua administração o ?fogo amigo? de seus aliados ainda continua fazendo baixas. O secretário de Finanças está preso e falta-lhe melhor interlocução na câmara. Os assessores próximos instigam a política de ?pão e água? contra a oposição e esquecem o ?amanhã? do mundo político.
Na sessão desta segunda-feira era evidente o clima de tensão.
A Maçonaria fez questão de mostrar ao Poder Legislativo e ao Executivo que está vigilante e se posicionará de acordo com sua tradição secular de preservar a lei e a ordem, mesmo que tenha que cortar a própria carne. Também ficou evidente que o prefeito terá que repensar sua relação com a Câmara de Vereadores, caso realmente queira ter a paz necessária para administrar.
Uma prova disso foi o veto integral ao projeto da vereadora Sônia Maran, propondo a instalação de eliminadores o ar das tubulações de água em Chapadão do Sul. O texto de sua decisão não foi bem justificado e faltou habilidade política às pessoas responsáveis pelos despachos destes documentos.
A aprovação do projeto estava sendo aguardado com expectativa porque funciona com êxito em várias cidades brasileiras. Apesar disso os vereadores da oposição acenaram com a possibilidade de parceria em 201º, desde que estas ?arestas? sejam aparadas.
