Chapadão do Sul/MS

Política do SUS “engessa” serviço de saúde no interior. Audiência Pública não teve participação do “povão” em Chapad&a

O engessamento da saúde pública dos municípios imposta pelo SUS (Sistema único de Saúde) continua sendo um dos entraves para a agilização de alguns procedimentos em Chapadão do Sul. A situação do setor foi discutida na noite de ontem em Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores solicitada pela vereadora Tânia Francini (presidente da Comissão de Educação, Cultura, Saúde e Meio Ambiente do Legislativo). Várias ações esbarram na burocracia do SUS que coloca as capitais com referências estaduais em detrimento dos hospitais do interior e toda sua complexa cadeia de prestação de serviços.

Uma mudança deste sistema ?operacional? do SUS deve ser cobrada da classe política porque afeta milhões de pessoas no Brasil. Algumas empresas privadas de Chapadão do Sul (laboratórios) poderiam até aumentar a oferta de serviços caso a referência de custeio pelo SUS não fosse a Capital. Segundo relatos feitos na Audiência Pública até mesmo Costa Rica tem os problemas, embora atue em outro sistema de atendimento. Cidades citadas como possíveis ?modelos? como Mineiros (GO) não possuem SUS a atende apenas particular e convênio.

Chapadão do Sul segue na busca de uma ?fórmula? que atenda a todos. As consultorias que trabalham em redes hospitalares operam apenas e grandes centros. Esta ajuda na qualificação operacional já foi tentada sem êxito no município. No encontro de ontem não foi apresentada nenhuma solução a curto prazo, mas acabou sendo importante para a manutenção da mobilização da sociedade em torno das questões relacionadas à saúde pública.

A explanação técnica-administrativa foi feita pela secretária municipal de Saúde, Rosimary Barros. Além dela estiveram presentes na audiência secretários municipais, vereadores, a diretora do Hospital Municipal, Wladia Franco, representantes de entidades e servidores públicos. Quem esperava a presença de usuários da saúde municipal saiu frustrado. Continuam em pauta questões pontuais como demora no atendimento no hospital, falta de médicos especialistas, o grande número de encaminhamentos médicos, o funcionamento do laboratório municipal, o atendimento nas unidades de saúde, falta de medicamentos, o transporte de pacientes para Barretos e Campo Grande, entre vários outros.

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