O Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul lacrou as instalações do prédio da Associação de Moradores do Bairro Esperança e proibiu a movimentação de público em seu interior. Durante a inspeção cerca de 75 comerciantes paulistas da região do Braz vendiam peças de vestuário (cama, mesa e banho) e brinquedos após a avalizados por um Alvará de Licença emitido pela prefeitura. Um dos organizadores da feira, Robson Gabriel, ponderou que todos arcaram com as despesas para a liberação do alvará que incluía o uso do prédio. Ele também destacou que em São Paulo a licença já vem acompanhada do laudo técnico dos bombeiros para evitar estes imprevistos.
Alheios aos problemas técnicos e a pressão do comércio local consumidores de baixa renda de Chapadão do Sul que não podem viajar para endereços conhecidos como a Avenida 20 de Março e o Bom Retiro (SP) foram ás compras. Com o fechamento do prédio da Associação dos Moradores os negócios foram feitos em barracas improvisadas na calçada com grande movimento de público.
No final da manhã de hoje já tinha sido montado um clima de hostilidade contra a instalação da feira. Uma rádio local entrevistou um empresário que ironicamente vende produtos adquiridos em São Paulo. Já a Associação Comercial não se manifestou oficialmente sobre o caso. Além do problema com os bombeiros os comerciantes de São Paulo alegam que foram multados em R$ 1º mil pela fiscalização estadual, o que não foi comprovado documentalmente.
A ação de ambulantes e comerciantes de outras cidades em Chapadão do Sul não é um fato novo. Vendedores de móveis e outros produtos são frequentes ao longo da Avenida Onze há vários anos. A liberação de alvarás atravessou várias administrações. A população de baixa renda (que não tem nada a ver com isso) está aproveitando para comprar vestuário. Segundo os organizadores da feira as confecções são próprias e com preços muito competitivos. A feita funcionará até às 20 horas de domingo.
