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A missionária sul-chapadense Lú Santos voltou para o Continente Africano onde integra a equipe que vai começar a construir mais uma escola em Uganda para crianças carentes da zona rural num pais de elevado índice de pobreza e desigualdade socai. A comunidade de atuação de Lú é formada por pescadores e coletores de frutos que originam o azeite de dendê. Os alunos não tem uma escola dígna e – muitas vezes – a única fonte de comida protéica. Estes moradores tem como refeição básica água misturado com farelo de milho.
O território uganense sofre vários ataques promovidos por radicais da República Democrática do Congo, sem falar das tentativas de golpes internos. A população é quem sofre as consequências. O governo não assiste estas famílias, cuja estrutura é fornecida por entidades como a dos misisonários onde Lu Santos atua. Falamos de uma grande parcela de pessoas cuja aposentadoria é de R$ 130,00 por ano.
A sul-chapadense atua em parceria com a brasileira Helena de Souza que está à frente do projeto “Lamp of África”, há 22 anos trabalhando com estas pessoas na linha da pobreza no continente. A escola que começa a ser construída é de madeira e atende crianças que ganham refeições diariamente, educação e são apadrinhadas por amigos dos projeto.
Uganda tem importantes recursos naturais, incluindo solos férteis, chuvas regulares e razoáveis depósitos minerais de cobre, ouro, outros minerais e petróleo. Esta riqueza não chega à população de modo geral. A agricultura é o principal setor da economia, empregando mais de 80% da força de trabalho.
PESCA no Lago Vitória
O Lago Vitória ocupa uma área total de 68 mil km² entre o Quênia, Uganda e a Tanzânia. A descoberta desse lago remonta a meados do século XIX, quando foram realizadas várias expedições em busca das lendárias nascentes do rio Nilo. Uma expedição conseguiu alcançar o Lago Tanganica em fevereiro de 1858 e, cerca de quatro meses depois, descobriu um grande lago, batizado como Lago Vitória em homenagem à rainha que governou o Reino Unido entre 1837 e 1901. As verdadeiras nascentes do rio Nilo só seriam descobertas dois anos depois por uma outra expedição. Essas descobertas permitiram aos britânicos a reinvindicação dos territórios, que posteriormente formaram a África Oriental Britânica.
Com o início da colonização britânica na região, teve início um intenso processo de derrubada da cobertura florestal para permitir a implantação de grandes lavouras comerciais, especialmente de chá, café, tabaco e algodão. Para facilitar o escoamento da produção agrícola, os britânicos construíram uma ferrovia, concluída em 1902, ligando a cidade litorânea de Mombaça, no Quênia, ao Lago Vitória.
Numa tentativa de reverter a crise pesqueira e garantir a oferta de proteína animal para uma grande população, Autoridades Coloniais sugeriram a introdução da perca-do-Nilo (Lates niloticus) nas águas do Lago Vitória. Essa espécie é, como indicado no próprio nome, nativa do trecho etíope da bacia hidrográfica do rio Nilo. A ideia foi rechaçada de imediato pela comunidade científica, que temia um forte impacto ambiental – a perca é um predador de grande porte e de topo na cadeia alimentar que, sem predadores naturais, poderia rapidamente dizimar as espécies menores nativas do Lago Vitória
Além dos problemas criados pelo desmatamento e carreamento de grandes volumes de sedimentos para as águas, e também do despejo de grandes volumes de esgotos sem tratamento, o Lago Vitória vem sofrendo com o carreamento cada vez maior de resíduos da mineração. Em toda a África, são inúmeras as províncias minerais e os projetos de mineração tocados por grandes grupos internacionais.
Contando com governos fracos e não democráticos, além de militares e servidores públicos facilmente corrompíveis, as atividades mineradoras, que por natureza já são fortemente degradantes ao meio ambiente, seguem sem maiores controles na África. Esse é o tamanho do nó criado pela introdução de uma espécie exótica num grande Lago – a perca-do-Nilo levou dezenas de espécies nativas à extinção, as populações ficaram dependentes da pesca da perca e a degradação da qualidade das águas do Lago Vitória por resíduos da mineração pode destruir a indústria pesqueira local. Para piorar, caso as percas-do-Nilo despareçam, restou muito pouco das espécies nativas originais para repovoar as águas moribundas do Lago Vitória.











