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Um importante artigo científico sobre a variabilidade das emissões de CO2 do solo em diversas classes de uso e cobertura da terra (LULC) e biomas e a sua relação com as variáveis climáticas acaba de “sair do forno”. Entre os autores estão o pesquisador Paulo Eduardo Teodoro, do Campus de Chapadão do Sul da UFMS e Carlos Antonio da Silva Júnior da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). O assunto é um dos mais relevantes no mundo na atualidade. Coincide com o lançamento da plataforma “Carbon Control” pelo Governo – neste domingo – na COP 28 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), em Dubai.
O artigo destaca que o sistema de controle de carbono faz o registro público do balanço das emissões de carbono para possibilitar o plano de chegar a 2030 com o status de Carbono Neutro em MS. A importância de impulsionar estratégias que contribuam para satisfazer as exigências locais e internacionais de desenvolvimento sustentável e agricultura de baixo carbono. A hipótese desta pesquisa é que a emissão in situ de CO2 do solo (FCO2 ) é variável entre LULCs em diferentes biomas e que pode haver uma associação entre o fluxo de CO2 do solo e variáveis ambientais como temperatura e umidade.
O estudo avaliou o FCO2, medido por um analisador portátil de gases CO2 EGM-5, modelo de fluxo de CO2 (obtido por sensoriamento remoto), umidade do solo (SM), temperatura do solo (ST) e a relação entre essas variáveis em diferentes classes de uso e cobertura do solo. Foi identificado que os LULCs podem contribuir para ações de neutralização de carbono nos biomas Cerrado , Mata Atlântica e Pantanal localizados no estado de Mato Grosso do Sul (Brasil). Foram avaliadas quatro classes de uso e uso de terra em cada bioma: agricultura (cultivo de soja), pastagem, plantio de eucalipto e vegetação nativa.
Um gráfico de correlação de Pearson foi criado para avaliar a relação entre as variáveis avaliadas. Os menores valores de FCO2 foram encontrados nas culturas de eucalipto e soja, independentemente do bioma. As descobertas revelaram a existência de variabilidade no fluxo de CO2 do solo entre os diferentes LULCs e biomas. As pastagens dos biomas Pantanal e Mata Atlântica apresentaram os maiores valores de FCO2 . O cultivo de eucalipto e a floresta nativa apresentaram valores negativos de fluxo de CO2 , independente do bioma.
Valores mais baixos de FCO2 também foram observados para o cultivo da soja. Tais constatações reforçam que a vegetação nativa funciona como sumidouro de carbono e que, portanto, a sua conservação é vital para a mitigação das emissões de CO2 . Contudo, o cultivo da soja e do eucalipto pode ser estratégico para a agricultura de baixo carbono no MS e para projetos de neutralização de carbono ao contribuir simultaneamente para o desenvolvimento econômico e sustentável das regiões abrangidas pelos biomas aqui avaliados.
LINK do trabalho científico
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0959652623041410