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A abertura da Semana Municipal da Promoção da Igualdade Racial terá abertura oficial no Plenário da Câmara de Vereadores, às 18 horas (MS) de hoje, em Chapadão do Sul. A palestra será com o Filósofo e Sociólogo Leonanrdo de Souza.
“Consciência negra é um termo que ganhou notoriedade na década de 1970, no Brasil, em razão da luta de movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido. O termo é, ao mesmo tempo, uma referência e uma homenagem à cultura ancestral do povo de origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos no Brasil. É o símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu lugar na sociedade.

“Para levar a riqueza da cultura africana ao povo afrodescendente de países colonizados por europeus (e também para os próprios povos africanos, que ainda sofrem as consequências do colonialismo de exploração em seu continente), o poeta e escritor martinicano Aimé Césaire criou o termo negritude, que se tornou uma corrente literária e um movimento cultural. A ideia é a de que há uma essência cultural (a negritude) em todos os descendentes de africanos que sofreram a diáspora forçada por europeus. A ideia de uma consciência negra não surge, exatamente, a partir do conceito de negritude, mas tem muito a ver.
Para unificar o povo preto em torno de sua luta contra séculos de escravização e após a abolição da escravatura no Brasil, passou-se a pensar em uma forma de unir a população preta e conscientizá-la de sua cultura, da luta diária das pessoas pretas e do valor de ser preto. O objetivo é ainda parecido com o da negritude, mas vai além, pois indica às pessoas pretas que, apesar de elas não ocuparem muitos lugares de destaque na sociedade dominada por pessoas brancas, elas merecem destaque por sua intensa luta.
A consciência negra é isto: um misto de conscientização da importância do preto na sociedade, do reconhecimento do valor, da cultura e da luta de pessoas pretas que não se calaram e levantaram a cabeça contra o racismo. Apesar do protagonismo negro nessa consciência — que mais do que uma ideia ou conceito, é uma espécie de prática que dá “movimento” aos movimentos sociais —, podemos esperar que, a partir do choque com a consciência negra, as pessoas brancas repensem suas práticas. (redação e https://brasilescola.uol.com.br/)