Chapadão do Sul/MS

‘REVOLUCIONÁRIA da fé em Deus com destaque à solidariedade ao próximo ”. Creche “Sonho Meu” é reinaugurada com o nome de Àlide Belotii

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        A entrega das obras de reinaugiração do CEI Sonho Meu foi uma das solenidades de aniversário de Chapadão do Sul mais emocionantes.  Foi feita uma justa homenagem póstuma a pioneira  Álide Remonatto  Belotti, cujo nome  ficará para sempre no  prédio. Ela foi forte protagonista da história da fundação do município e deixou um legado de fé, amor ao próximo e mostrou na prática a importância da solidariedade. Chegou no então Chapadão do Gaúchos em setembro de 1976 com o marido, Armelindo Belotti (Nego) e os dois filhos Eduardo e Gustavo com 2 e 1 ano respectivamente. Foi a primeira catequista da cidade, participou da comissão de emancipação do município, criação da Cotenec, da construção da Igreja São Pedro Apóstolo, Melhor Idade, da vinda do primerio padre, da construção do Salão Paroquial antigo, do novo e da vinda das irmãs que mais tarde seria o Centro sócio Educativo Nossa Senhora das Graças.

 O tamanho do currículo de ações sociais de Álide Remonatto Belotti já serve de “cartão de apresentação” de uma grande mulher. Nasceu em Jacutinga (RS) em  1949. Filha de Luiz e Maria Remonatto. Passou sua infância e juventude em Jacutinga e em 1973 casou-se com Armelindo Belotti, com quem tem três filhos: Gustavo, Eduardo e Maria da Graça, e uma filha do coração, Dalva.

Em Agosto de 1976 o pioneiro  Ângelo Gasparetto veio conhecer o então Chapadão dos Gaúchos. Vendo que era um lugar promissor voltou a Jacutinga com uma proposta de trabalho para o amigo Nego. O convite foi de levar Álide para conhecer a região e se gostassem compraria o Posto de Combustível de Edwino Schultz. Tudo foi muito rápido e em setembro do mesmo ano (1976) o casal Armelindo e Álide mudou-se  com seus dois filhos.   

Em Chapadão tudo era muito precário. Tinha o Posto e a casa de Edwino Schultz. A região quase não tinha estradas, não possuía médicos, farmácias e todos dependiam de Cassilândia. Até para lavar as roupas ia à fazenda de Augusto Krug, na casa da Dona Mercedes, há 15 km de distância.

Em 1981 Álide ficou grávida de seu terceiro filho. Por não ter recursos em Chapadão voltou a Jacutinga, junto de seus pais. Deu à luz à Maria da Graça, que com dois meses de idade já viajou para Chapadão. Como na cidade não tinha hotel sua casa sempre hospedava pessoas que passavam e não tinham como seguir viagem, geralmente famílias que vinham do Sul. Sua residência estava  sempre de portas abertas a todos, inclusive irmãs religiosas de várias congregações que vinham em missão, padres e bispo.

Oriunda de uma família muito católica Álide sentiu a necessidade de juntar as famílias para rezar. Teve início o terço, numa das salas da escola, aos domingos à tarde. Depois seguiam  para o chimarrão na roda de amigos. Vendo as crianças crescendo, começou a prepará-las para a 1ª Eucaristia e Crisma. Além de ser a primeira catequista,  por vários anos realizou a celebração da palavra aos domingos de manhã.

Recebia – uma vez por mês – visitas do padre de Cassilândia. A “vila” ia crescendo e havia a necessidade de um padre fixo, mais presente. Junto aos demais encabeçou abaixo assinado para trazer um religioso.  Contribuiu para a emancipação de Chapadão do Sul. Participou da construção do Salão Paroquial antigo, do novo, da Igreja Matriz e participou  da Diretoria da Igreja, juntamente com seu esposo, por mais de 20 anos.

 Álide lutou e buscou a vinda das irmãs para Chapadão do Sul que até hoje desenvolvem um trabalho social muito bonito na cidade. Na gestão do então prefeito Elo Ramiro Loeff trabalhou junto à 1ª Dama, Dona Onéia, na Assistência Social. Foi Diretora da Creche Pingo de Gente e – junto com Onéia – formou  o Grupo da Melhor Idade (Conviver).  Ajudou e trabalhou com a professora Cidinha, no início da Escola CEPE.

Juntamente com o Dr. Hélio Liber Lopes e Dona Irani fundou o Centro de Recuperação de dependentes químicos – COTENEC, até hoje em atividade.  Na Rádio Cultura conduziu o programa da “Hora do Ângelus” por cerca de dez anos. Preparou muitos pais e padrinhos para o batismo de seus filhos. Em horas difíceis, de morte, esteve nos enterros, visitando e levando conforto aos doentes, fazendo palestras a casais e também nas escolas, falando aos alunos sobre o início de nosso Município.

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