Chapadão do Sul/MS

Suspeito de caçar na Fazenda Campo Bom foi detido na noite de ontem em Chapadão do Sul

Um homem suspeito de estar caçando no interior da fazenda Campo Bom foi detido na noite de ontem por funcionários da agropecuária. A Polícia Militar foi acionada mas o rapaz acabou sendo liberado porque não tinha nenhum registro contra ele. O caso chamou atenção por ter sido a única ocorrência registrada na noite fria em Chapadão do Sul. A caça é proibida em todas as cidades de Mato Grosso do Sul com exceção de espécies daninhas como o javali na Região Sul, onde sua ação causa danos econômicos na agricultura.

JAVALIS – Com o objetivo de controlar a espécie e evitar o cruzamento com o porco doméstico, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) autorizou a captura e o abate de javalis. A proliferação tem trazido prejuízos aos produtores de milho das regiões Sul e Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul o maior número de ataques tem ocorrido no município de Rio Brilhante. Somente na safra do ano passado os agricultores acreditam que as perdas tenham chegado perto de R$ 1º5 milhão. Os animais derrubam os pés das plantas e depois se alimentam das espigas.

A decisão do Ibama torna mais fácil o abate dos javalis, mesmo assim existe uma cartilha a ser respeita e a primeira regra é um cadastramento que o produtor rural precisa fazer junto ao órgão. A ação ficou menos burocrática porque, anteriormente, só era permitido o abate sanitário com o acompanhamento direto de fiscais de órgãos ambientais.

Conforme o Ibama existem passos a serem a seguidos antes de iniciar o procedimento.

O produtor rural que é o proprietário do imóvel deve ter acesso ao sistema online do Ibama, fazer o seu cadastro técnico federal e aí se cadastrar na categoria específica para fazer o combate e o controle dessa espécie invasora exótica que é o javali. Não é permitido o uso de armadilhas para a caça. Ela é bem problemática, tendo em vista que poderá ocasionar maus tratos e isso não pode acontecer. Quanto a arma de fogo, tem que estar com esta arma registrada devidamente, obedecendo a legislação federal que determina isso.

A norma proíbe o transporte de animais vivos e a comercialização da carne. Ele não pode fazer o transporte do animal – salvo com autorização específica – realizar o transporte, fazer doação e venda desta carne. Se o produtor não tomar os cuidados necessários com estas determinações, poderá responder por crime ambiental.

Poucos resultados

Apesar da portaria os produtores rurais consideram que na prática, pelo menos em relação a atual safra de milho, que está em fase de colheita, os resultados práticos foram poucos. No município foram plantados na safra de inverno cerca de 80 mil hectares da cultura e as perdas por causa da ação dos javalis podem chegar a 3%.

A maior reclamação é sobre o rigor da portaria que permite o abate. As regras para a caça e o abate são muitos complicadas. Não é todo mundo que consegue porte de armas e que tem as armas adequadas. A situação é preocupante porque além das regras específicas, o javali é um animal difícil de ser capturado, ataca as lavouras durante o período noturno e com bastante agilidade. (Foto Ilustração)

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