A amplitude de uma cidade ? em todos os setores – se inicia pela política de produção e preservação de sua cultura, criando identidade própria capaz de identificá-la e fazê-la ser notada em qualquer lugar do mundo. Chapadão do Sul começou a dar os primeiros passos neste sentido com a apresentação de um ?pacote de ações? voltadas ao setor com o objetivo de projetar o município nos grandes eventos culturais de Mato Grosso do Sul e do Brasil. A explanação deste ?embrião cultural? foi feita pelo professora Martin Palomares na Câmara de Vereadores na tarde deste terça-feira.
Assim como Chapadão do Sul começa a pensar na sua ?identidade?, através da “cultura”, termo que ainda não tem uma marca definitiva porque está sempre em transformação. Alguns autores afirmam que cultura significa cultivar e – genericamente – é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, mas na sociedade como membro dela. Já o filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas, conhecido por suas teorias sobre a racionalidade comunicativa, foi um dos pensadores que mais tentaram formatar uma definição para o termo ?cultura?.
Chapadão do Sul começou a equacionar esta questão quando a sociedade se reuniu para ajudar a formatar a ideia geral de cultura. Com isso os agentes culturais da cidade partem ? de forma conjunta ? na busca da ?individualidade através do coletivo?. Palomares também foi muito feliz ao separar a celebração social (festa) com a busca de uma identidade (cultura). Com a nova proposta da atual administração a ?Música e a Arte? sul-chapadense saem de uma exígua sala para quatro, ampliando também a expectativa positiva de trilhar o caminho de sucesso na produção cultural.
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul considerou o projeto ?Música e Arte? ? criado em Chapadão do Sul ? como uma das principais ações positivas na área cultural do estado. O reconhecimento é animador porque tivemos iniciativas que já revelaram talentos como Maycon Balbino e outros que continuam sendo prospectados e estimulados como ?novos agentes culturais?. A identidade cultural é uma marca comparada à impressão digital por ser única. Dentro desta lógica a colocação do artesanato produzido no município no mercado estadual, nacional e mundial é uma política afirmativa capaz de render excelentes resultados.
A participação dos artistas locais em exposições e mostras como intercâmbio cultural será a ferramenta para forjar a identidade de Chapadão do Sul neste setor. A decisão de mudar a Casa do Artesão do Terminal Rodoviário para o centro vai ?desprivatizar? esta arte e torná-la popular. Já o mapeamento e preservação de sítios arqueológicos poderá colocar a cidade no mapa deste tipo de turismo já existente no Estado e muito explorado na Região Norte de Mato Grosso do Sul.
