Foto de capa integrantes da família Henrichsen representam colonos no recebimento dos títulos
de terras na comunidade da Pedra Branca
Morreu nesta quinta-feira (29) o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli (86). Ele estava internado em estado grave no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte. Além de ex-ministro, Paolinelli também foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e indicado ao Nobel da Paz. Ele faz parte do agronegócio de Chapadão do Sul e esteve no município quando a “Capital Agrícola” de MS dava os primeiros passos rumo ao desenvolvimento. Em sua visita entregou títulos de terras aos assentados do Projeto Pedra Branca. A foto de capa retrata a visita do ministro ao então distrito de Chapadão do Sul para a entrega de títulos de posse aos colonos na Pedra Branca da época, representado pelo produtor rural Ivo Lauro Henrichsen.

Em maio de 2021 o engenheiro agrônomo Marcelo Bexiga ingressou na campanha hercúlea para a divulgação em redes sociais e sites de notícias de Chapadão do Sul, do Brasil e do mundo para propagar o nome do ex-ministro Allysson Paulinelli ao Prêmio Nobel da Paz. Sempre esteve à frente de seu tempo na busca da criação da agricultura sustentável que transformou o Brasil de País importador de alimentos para exportador. Graças ao seu conhecimento o País alimenta mais de um bilhão de pessoas no planeta. Comida é paz, é ausência de guerras, é esperança. Para especialistas da área e do agronegócio Paulinelli é considerado o “maior brasileiro vivo” pela sua contribuição como verdadeiro patriota.
O mineiro era engenheiro agrônomo e um homem à frente de seu tempo. Já foi ministro da agricultura e considerado o “pai da modernização agrícola brasileira”. Mais que isso, um dos principais responsáveis por transformar o Brasil no “Celeiro do Mundo”. Foi líder da implantação da agricultura sustentável no cerrado. Um visionário que valorizou a ciência e sustentabilidade. Esta visão do bioma permitiu a introdução do plantio de soja, milho, algodão, carne e leite.

Nos últimos 45 anos a produção brasileira cresceu 384% e a produtividade mais de 500%. Em 2006 Paulinelli foi premido com o “The Word Food Prize” por sua contribuição pela melhoria da oferta de alimentos no mundo. Até hoje a revolução agrícola tropical de Alysson Paulinelli contribui com as ações de desenvolvimento sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas) . Transformou o Brasil de importador de alimentos para exportador com base numa trilogia que ele adora: Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento, homenageando pessoas do Brasil e do mundo.
O foco de Paulinelli, antes de morrer, era o Projeto Biomas Tropicais e levar esta solução agrícola para outros países da América e África. Por tantas conquistas coletivas idealizadas por Alysson Paulinelli torna-se mais que essencial o reconhecimento de seu trabalho pelo Brasil e pelo mundo. Logo que teve início a correção dos solos do cerrado, Alysson Paolinelli esteve no então Chapadão dos Gaúchos, a convite do colonizador e um dos pioneiros de Chapadão do Sul, Júlio Alves Martins.
Na oportunidade, ao lado de pilhas de sacas de arroz que os gaúchos cultivavam Paolinelli anunciou e determinou o financiamento de corretivos de solos para que os sulistas praticassem o cultivo da soja com sucesso e depois vieram o milho, o algodão, a recuperação das pastagens e outras culturas forrageiras. Em sua visita entregou títulos de terras aos assentados do Projeto Pedra Branca. O assentado escolhido para representar os demais no ato foi o produtor Ivo Lauro Henrichsen.
No dia 26 de outubro de 2011, Alysson Paolinelli e Júlio Alves Martins receberam a Comenda Consciência Ecológica, outorgado pela Fundação Ecológica, em reconhecimento pela introdução e desenvolvimento de produção de grãos em escala no Cerrado do Centro-Oeste Brasileiro. O evento fez parte das comemorações dos 20 anos do Mercosul.
