O PSDB e MDB de aproximaram em Campo Grande mirando as próximas eleições em 2024. Esta composição não deverá ser aplicada em todos os municípios de MS onde as legendas são tradicionais adversários. Também é destaque nos bastidores a possibilidade de parceria entre PSDB e o PP da senadora Tereza Cristina. Como ficaria Chapadão do Sul diante deste cenário? Ainda é cedo para as definições que deverão começar no segundo semestre, após a 29ª Exposul. Os três partidos tem suas lideranças definidas, afinidades e antagonismos a serem tratados no município.
O PP tem em Walter Schlatter, seu principal expoente, e a perspectiva que seja o candidato ao Poder Executivo da legenda em 2024. Já o PSDB é liderado pelo prefeito João Carlos Krug que é carta fora do baralho por estar impedido de disputar um terceiro mandato. É uma grande liderança e seu apoio pode ser decisivo, mesmo não concorrendo. O MDB também tem grandes lideranças, mas esteve afastado das grandes disputas diretas pelo Poder Executivo nas últimas eleições.
Estas possibilidades de coligações que se horizontam na Capital seriam levadas aos 79 municípios de MS de acordo com as peculiaridades de cada cidade. Walter Schlatter (PP) é ideologicamente muito afinado com a senadora Tereza Cristina que – segundo os bastidores – estaria articulando uma dobradinha com o PSDB de Riedel e Azambuja, guardadas as peculiaridades políticas de cada cidade. O caso da Capital (PSDB X MDB) pode ser peculiar pelo comando da prefeitura de Campo Grande que certamente passa também pelo apoio do PP. Neste cenário o ex-candidato ao governo do estado, Capitão Contar, pode ser o adversário a ser batido.
O imaginário político projeta vários cenários. Em Chapadão do Sul o MDB e o PSDB vem sendo adversários nas disputas sucessórias. Poderiam reeditar o mesmo caminho da Capital onde as lideranças estaduais seguem em rota de aproximação? Na última eleição a senadora Tereza Cristina aproximou o PP com o PSDB no apoio á candidatura de Riedel. Neste cenário o MDB municipal era adversário porque tinha a candidatura própria do ex-governador André Puccinelli.
No almoço envolvendo as maiores lideranças do MDB e PSDB de MS , em campo grande, contou com a presença da ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, pode ter selado a união entre os partidos para caminharem de mãos dadas nas eleições municipais de 2024.
Segundo a ministra Simobe Tebet o acordo em MS não é só possível como necessário porque ambos partidos saíram da mesma origem. Num Brasil tão polarizado e dividido, em que a população está cansada da polarização, PSDB e MDB dão exemplo do que precisa ser feito, que é a união de esforços no campo democrático, disse Tebet. “Eu venho só por determinação da cúpula nacional para dizer que se a aliança for de interesse de Mato Grosso do Sul e for selada, vai ter uma avalista do MDB, esclareceu.
Um dos maiores “empecilhos” para selar o acordo de uma vez por todas é ex-governador André Puccinelli, que ficou em 3º lugar nas eleições de 2022 e fez campanha contra a eleição de Eduardo Riedel no segundo turno. O cacique emedebista faz questão de participar diretamente da eleição para a Prefeitura de Campo Grande em 2024. Será preciso muita articulação para chegar ao consenso.
